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O Encontro Que Transforma


  •  ENCONTRO
    QUE TRANSFORMA











    A Província
    Edições


    PROJETO GRÁFICO E IMPRESSÃO
    Alfredo F. Temoteo
    Copyright ©  2009 by Everardo Alves
    Todos os direitos reservados









    DEDICATÓRIA E AGRADECIMENTO



    Agradeço e dedico este trabalho primeiramente ao Senhor, que é a minha videira verdadeira e me confiou esse ministério, estou consciente de que sem Ele nada poderia fazer, melhor, eu nem teria motivo para existir e também não existiria. Agradeço a Alexandra minha linda esposa, grande mulher de Deus, que tem sido a minha cooperadora fiel, a quem também devo grande parte do meu ministério: o seu amor, seu carinho, sua consideração, sua atenção, seu esforço e o seu presente: Lael, dádiva do Senhor. A todos os homens e mulheres de Deus que investiram no meu ministério principalmente aos pastores Franzé e Claúdia, Fabiano e Silvana, Robson e Vera, Cícero Amaro e Erilânia, ao irmão Alex, que me conduziu a igreja, e a todos os homens e mulheres de Deus.
    Dedico aos meus filhos espirituais e também a todos os leitores e apreciadores da literatura evangélica. Que Deus santifique a todos
















    SUMÁRIO



    Apresentação                                                                      10
    Prefácio                                                                                14
    Introdução                                                                           16
    Leitura bíblica Para Melhor Compreensão                   24

    CONTEXTUALIZANDO
    Um Homem Chamado Cornélio                                       28
    O Exército Romano                                                            30
    O Centurião Cornélio                                                         30
    Cornélio e o Judaísmo                                                        32
    A Utilidade Da Religião                                                      36
    A Religião Romana                                                              38

    Cap. I – O ENCONTRO COM UM HOMEM DE DEUS
    Um Anjo Humano                                                              42
    O Papel Do Anjo                                                                 43
    A Importância De Um Homem De Deus                       44
    Vantagens Encontradas No Homem De Deus              52
    Cuidados Que Se Deve Ter Com o Homem De Deus   60
    1. Honrando                                                                63
    2. Obedecendo                                                           74
    3. Bem Dizendo                                                          87
    4. Compreendendo                                                    93
    5. Cooperando e Facilitando                                   96
    6. Se Solidarizando                                                   101
    7. Zelando, Observando                                           101
    8. Animando                                                               102
    9. Agradecendo                                                          102

                  
    Cap. II – O ENCONTRO COM A REALIDADE
    A Dor Que Alivia                                                                110
    Embora Religioso O Homem É Sempre Imundo        111
    A Religião É Impotente Para Salvar                              112

    Cap. III – O ENCONTRO COM O EVANGELHO
    A Verdade Que Liberta                                                    116
    Compreendendo A História                                            121
    O Plano De Salvação                                                         126

    Cap. III – O ENCONTRO COM CRISTO
    Uma Amizade Redentora                                                138
    Novo Nascimento                                                              139

    Cap. III – O ENCONTRO COM O ESPIRITO SANTO
    Um Relacionamento Motivador                                     144
    O Espírito Santo É Uma Pessoa                                      144
    A Ocupação Do Espírito Santo                                       145
    A Morada Do Espírito Santo                                           147
    Conclusão                                                                           150













    APRESENTAÇÃO



    É uma honra discorrer sobre a personalidade e o caráter do ser humano que é o Pastor Everardo Alves. Homem de fé, de convicções firmes e comprometido com Deus. “O Encontro que Transforma” é, sem duvida, um atestado claro e contundente do seu compromisso com a verdade e com o próprio dono da Verdade, Deus. Este livro certamente contribuirá em muitos aspectos com seus leitores, pela forma clara e objetiva como os temas são apresentados. O leitor está de parabéns por ter optado por esta obra tão significante.
    Pr. Antônio Rodrigues
    Formado em Teologia pelo Seminário Batista do Cariri
    Pastor Presidente da 1ª Igreja Batista do Assaré

    Este livro focaliza uma verdade extremamente importante para nós outros sobre quem o fim dos séculos tem chegado. Os que já receberam (Jo 1.12) Cristo como seu único Salvador como os que estão para fazê-lo. Serão grandemente beneficiados com essa leitura.
    O livro apresenta, por meio de uma leitura agradável, a hístória de encontro transformador que Cornélio teve com a pessoa maravilhosa de Jesus, de uma forma detalhada, profunda e abrangente.
    Francinaldo de Souza
    Formado em Teologia pelo Seminário Batista do Cariri
    Pastor da Igreja Batista Água Viva

    Fascinante! É a palavra que melhor define o que estou sentindo ao ler O Encontro Que Transforma. O pastor Everardo Alves utiliza como pano de fundo o histórico encontro entre um gentil e um apóstolo do Senhor Jesus, para destrichar um sem número de temas que estão atrelados ao mesmo.
    Partindo do contexto histórico-religioso-cultural de ambos os personagens, o autor nos mostra com maestria os desafios e quais paradigmas foram superados. Também fazendo um paralelo em os dias hodiernos, mostra-nos que, embora o contexto histórico tenha mudado, os empecilhos de ambos os lados, pregadores do Evangelho e vidas que ainda não iniciaram um relacionamento pessoal com Cristo, ainda são os mesmos bom como são as mesmas soluções.
    Meu desejo é que esta obra venha cumprir na vida de cada leitor o propósito estabelecido pelo Senhor e, que pela leitura, vidas sejam desafiadasa um novo começo ao lado de Jesus Cristo e que tantas outras que já passaram pelo “novo nascimento” sejam confrontadas em valores que precisam ser mudados.
    Boa leitura. 
    Pr. Franzé Barros
    Teólogo, Pedagogo, especialista em Gestão Educacional

    Muito me alegra saber que ainda existem homens com a sensibilidade para perceber e a coragem para anunciar as verdade da palavra de Deus.
    Pb Robson
    Igreja Betesda, Juazeiro do Norte
    Parabenizo o pastor Everardo pela clareza e equilíbrio com que ele defende a submissão aos lideres da casa de Deus. Na verdade, todo mundo se submete a alguém, muitas vezes a pessoas incrédulas, então o que impede de submeter-me a alguém que está na frente da obra de Deus.
    Bispo Amaro
    Pastor Presidente da Igreja Batista Maranata Brejo Santo


























    PREFÁCIO



    O estudo do assunto abordado neste simples livro é emergencial, pois não só vemos pessoas diversas confundindo-se na vida religiosa e secular como também na vida propriamente cristã. Devemos admitir que alguns valores da vida social foram trocados: a preocupação e ocupação com a industrialização, informatização, modernização, a busca pelas várias formas de prazer e pelo lucro, entre outros, desvalorizou totalmente o homem e supervalorizou a destruição dos direitos humanos e, como  se isso não fosse o bastante a igreja absorveu parte desse modelo de vida que só tem destruído os direitos sociais e a própria humanidade. Há hoje uma inquietação com construções de mega-templos, criação de Ong’s, e a busca pelo respaldo e auto-propagação desvalorizando assim o que a igreja tem de mais importante: o homem de Deus e a obra evangelizadora.
    Este livro vem ressaltar e demonstrar o valor da verdadeira religião, a importância de um homem de Deus, a realidade de quem vive na religiosidade, a necessidade do conhecimento do Evangelho e a solução para esse mundo perdido: O encontro com Jesus, que transforma divinamente a vida do homem, aparelhando-o para a maior e mais importante atividade da face da terra: a vivência da fé verdadeira alicerçada em Deus e sua palavra e a divulgação e conservação da Igreja Verdadeira e do Evangelho genuíno entre os homens. Que Deus te abençoe e boa leitura.

    Crato, dezembro de 2007
    Everardo Alves





    INTRODUÇÃO



    Vivemos hoje um tempo em que as pessoas correm de uma parte para outra em busca de encontros, mudanças e transformações que melhorem a sua qualidade de vida, preencha o vazio da alma, esbarre a solidão e garanta um futuro harmonioso, pacífico, edêmico. Neste ínterim, surgiram muitos oportunistas se oferecendo a “amigavelmente” solucionar os problemas e traumas dos outros oferecendo uma qualidade de vida jamais experimentada, até mesmo por quem a está oferecendo.
    Avaliando o modelo de vida atual percebemos que não só muitas pessoas entraram no mundo de agrura e ilusão, mas, também, que muitos outros entrarão, é impossível avaliar o futuro das nossas gerações e concluir que tudo vai terminar bem. É até mesmo difícil acreditar que nossos problemas atuais: de sociedade, família, saúde, fé... serão de fato a uma solucionados.
    O nosso mundo é hoje o mundo das religiões fundamentadas na cegueira espiritual e no desconhecimento da verdade libertadora de Cristo, um composto de religiões cegas que exaltam o nojo e desprezam o santo, populosa por que arrebanha uma multidão de inocentes que por não se interessarem pela leitura e compreensão da Palavra Santa do Senhor vivem alienadas, presas ao tradicionalismo religioso e por toda sorte de misticismo diabólico e, não somente presas, mas lutantes e relutantes intentando conservar um mito uma estória que não muda nem a vida de quem a propaga se não o bolso dos que a movimentam
    O nosso mundo hoje é o mundo das guerras, resultantes da cobiça egoísta pelo poder, responsável pelo martírio de inocentes em guerrilhas e revoluções, com pretextos de patriotismo e segurança nacional.
    O nosso mundo é o mundo da liberdade sexual, onde se prega por todos os meios disponíveis, da televisão ao corpo nú, exposto em vitrines, esquinas e tudo quanto é lugar, a pluralidade sexual, a distorção dos bons costumes e do dom natural da procriação dada e sancionada por Deus, vivida natural e inocentemente até pelos animais irracionais, pluralidade esta que ao invés de saciar o prazer humano e torná-lo feliz tem provocado revolta e destruição a milhares de famílias no Brasil e no mundo e proliferado doenças diversas.
    O nosso mundo é mundo da ciência, ciência esta que de tão inteligente se tornou tola, exaltou o desenvolvimento, mas, promoveu a destruição, pregou a solução, mas negou a existência de Deus, o único verdadeiramente detentor do poder de solucionar, criar, gerar, salvar...

    O nosso mundo é o mundo da tecnologia, que inicialmente propôs um modelo de vida facilitado, mas que no desenrolar do desenvolvimento afogou o nosso planeta num lamaçal irreversível e desesperador, contemplando a cobiça de uma minoria de macros empresários e industriais, desencadeando assim uma verdadeira ameaça mundial para o presente e futuro das gerações.
    A tecnologia que trouxe a cura também encheu o mundo de doenças e moléstias insolúveis, debilitou a natureza do planeta Terra e, em conseqüência disso, a natureza física do homem (como se vê nas grandes cidades a destruição da saúde do sistema respiratório provocado pela poluição do meio ambiente) e para manter estável a economia mundial encareceu os preços dos medicamentos, tratamentos e equipamentos médicos tornando assim inacessível a população o direito à cura e, conseqüentemente, à vida, já que, como se não bastasse o remédio ou tratamento ser caro, o surgimento das máquinas desempregou e desprezou o próprio homem.
    Em resumo, o homem entrou o século XIX sonhando com um grande desenvolvimento tecnológico e lamentando o atraso científico, chegou ao século XX esnobando-se do desenvolvimento jamais conquistado por qualquer geração e, em qualquer época, e alcançou o século XXI de luto, tendo que admitir que a sonhada evolução se tornara uma ameaça ao planeta terra e aos seus habitantes.
    O nosso é o mundo da crise governamental, onde o único interesse dos governantes é lucrar e se manter no poder usando e abusando do patrimônio público e muitas vezes até criando, mantendo e promovendo a ilegalidade, o abuso e o tráfico ilegal de drogas, de armas, de órgãos, de crianças e outras coisas enfim, votando leis tolas e abusivas e desprezando o direito e a moralidade do cidadão.
    O nosso mundo é o mundo do desequilíbrio social, onde uma minoria pequeníssima da população tem acesso ao emprego, ao salário e ao direito e, uma grande maioria, passa fome vivendo com menos de um salário mínimo, ou sem salário nenhum, dependendo de esmolas ou da ajuda de pais e avós aposentados vivendo miseravelmente e, por que não dizer, desesperadamente, querendo de qualquer forma escapar dessa masmorra.
    Agora imaginem: se os governantes, abarganhados de poder, riqueza e luxúria apelam para a ilegalidade o que dizer do cidadão desesperado que dorme e acorda com fome dia após dia? Embora os governantes não admitam, eles são os primeiros culpados disso tudo e deveriam ser punidos justamente, mas, como a lei está ao seu favor, que “o pau se quebre nas costas dos mais fracos.” É sempre assim. Só que agora ninguém mais vive em paz, seja rico ou pobre, famoso ou desconhecido, estamos todos nós a mercê do roubo, da traição, da destruição planetária, da degradação da moralidade humana; sujeitos a morrer de fome, de câncer, de guerra, vítimas de assaltos, desnutridos, ou depressivos com medo da vida e da morte.
    Se fôssemos detalhar nos afadigaríamos de tratar e não concluiríamos o assunto, então, para resumir: a nossa justiça soltou o bandido e prendeu o cidadão, a nossa moral desprezou a pureza e amou a imoralidade, exaltou a máquina, que levaria o homem a viver melhor, e desprezou o homem em favor das máquinas. A nossa inteligência desfez da tradição julgando-a de arcaica e antiquada e adotou o pior modelo de vida que já existiu, um sistema baixo, pobre, inseguro, reprovável, injusto, condenável e, para piorar, perseguidor e tirânico (uma democracia que só contempla os interesses dos grandes, onde qualquer um pode se candidatar e o povo vota em quem “quiser”, porém, sabendo que só ganha quem tem dinheiro e malícia, como também, depois de eleito é cada um por si  e nós por escravos deles).
    Se a tradição pode ser um erro do passado, a “fértil” mente moderna é a destruição do futuro.
    Dentro deste contexto, na verdade, seria anormal não termos problemas, não implorarmos por solução e não buscarmos de fato e, emergencialmente, quem nos ajude a atravessar essa tempestade. Estamos todos sobre constante ameaça. Nesse “Titanic” o que nos resta é agarrar-se a um fragmento, salvar o que for possível, e deixar o resto afundar.
    O que nos chama atenção, admiravelmente, é que embora vivamos num mundo de grandezas, de erros fatais e de globalização, o problema humano ainda está no mesmo lugar: no coração do homem, como também o problema não foi a invenção do computador e sim a maldade do coração humano. E a solução, da mesma forma, não está no foguete, no computador mais moderno ou na nova invenção japonesa, britânica ou norte-americana. Ela não é inimaginável, inacessível ou intocável, pelo menos não neste contexto, ela está no simples, que de tão simples é desprezado dia após dia, ela está em Cristo, com quem todos nós precisamos nos encontrar e viver se de fato quisermos vencer. E o guia para chegarmos à verdade é tão simples que as pessoas deixaram de adquirir, jogaram no lixo, ou no máximo, conservaram empoeirado nas estantes das suas casas ou caixas velhas da despensa: A Bíblia Sagrada, a Santa Palavra de Deus. Ela não está nas sensações, emoções e aventuras, badaladas, relacionamentos amorosos, experiências sexuais, êxtases e movimentações radicais, e sim, no Espírito Santo de Deus que fortalece, encoraja, consola, ensina, direciona e muito mais. Não é ouvida, normalmente, por modernistas, cientistas, principados políticos ou atores famosos da televisão e sim por simples homens e mulheres de Deus, pregadores do Evangelho.     
    Como estou falando de soluções simples tratarei aqui sobre “encontros”, na vida de Cornélio, que o conduziu ao encontro que transformou completamente a sua vida, lhe encorajando assim a tomar o mesmo caminho por senda verdadeira. Estou lhe convidando a sair desse mundo tenebroso e navegar no oceano do Senhor, pois Ele é o manancial de águas vivas. Não estou dizendo que isso resolverá todos os seus problemas, pelo menos não por enquanto. Mas, que ou o Senhor te livrará deles ou te dará forças para superá-los até o dia em que enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos (Is 25.8; Ap 7.17), contemplará todos os nossos anseios e assim  estaremos para sempre  com o Senhor (ITs 4.17).
    Everardo Alves









    Leitura Bíblica para Melhor Compreensão
    Atos dos apóstolos – capítulo dez



         Havia em Cesaréia um homem por nome de Cornélio, centurião da corte chamada italiana, piedoso e temente a Deus com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a Deus. Este, quase à hora nona, viu claramente, numa visão, um anjo de Deus, que se dirigia para ele, e dizia: Cornélio! Cornélio, fixando nele os olhos, e muito atemorizado, perguntou: Que é, Senhor? Respondeu-lhe o anjo: As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus. Agora envia homens a Jope, e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro. Este está com um Simão curtidor, que tem a sua casa junto ao mar. Ele te dirá o que deves fazer. Logo que se retirou o anjo que lhe falava, Cornélio chamou dois dos seus criados e um piedoso soldado dos que estavam ao seu serviço. Havendo-lhes contado tudo, enviou-os a Jope.
    No dia seguinte, indo eles seu caminho, e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao terraço para orar, quase à hora sexta. Tendo fome, quis comer e, enquanto preparavam a comida, sobreveio-lhe um arrebatamento de sentidos. Ele viu o céu aberto e um vaso que descia, como um grande lençol atado pelas quatro pontas, e vindo para a terra. No lençol havia de todos os animais quadrúpedes e repteis da terra, e aves do céu. Foi-lhe dirigida uma voz: Levanta-te, Pedro, mata e come. Mas Pedro disse: De modo nenhum, Senhor! Nunca comi coisa alguma comum e imunda. Segunda vez lhe disse a voz: Não faças tu comum ao que Deus purificou. Isto aconteceu por três vezes. Então o vaso tornou a recolher-se no céu.
    Estando Pedro meditando acerca do que seria aquela visão que tivera, os homens enviados por Cornélio pararam à porta, perguntando pela casa de Simão. Chamando, perguntaram se Simão, que tinha por sobrenome Pedro, morava ali. Pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito: Simão, três homens te procuram. Levanta-te, desce, e vai com eles, não duvidando, pois eu os enviei.
    Descendo Pedro para junto dos homens, disse: Sou eu a quem procurais. Qual é a causa por que estais aqui? Eles responderam: Cornélio, o centurião, homem justo e temente a Deus, que tem bom testemunho de toda nação dos judeus, foi avisado por um santo anjo para que te chamasse à sua casa, e ouvisse as tuas palavras. Então, chamando-os para dentro os recebeu. No dia seguinte Pedro foi com eles, e foram com ele alguns irmãos de Jope. No dia imediato chegaram a Cesaréia. Cornélio os estava esperando, tendo já convidado os seus parentes e amigos mais íntimos. Entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo e, prostrando-se aos seus pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem. Falando com ele, entrou e achou muitos que ali se havia ajuntado. Disse-lhes: Vós bem sabeis que não é lícito a um judeu ajuntar-se, ou chegar-se a estrangeiros. Mas Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou imundo.  Pelo que, sendo chamado, vim sem contradizer. Pergunto: Por que razão mandastes chamar-me? Respondeu Cornélio: Há quatro dias estava eu em jejum até esta hora, orando em minha casa à hora nona. De repente diante de mim se apresentou um homem com vestes resplandecentes, e disse: Cornélio, a tua oração foi ouvida, e as tuas esmolas estão em memória diante de Deus. Envia a Jope, e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro. Ele está em casa de Simão, o curtidor, junto ao mar. Imediatamente mandei chamar-te,e bem fizeste em vir. Agora estamos todos presentes diante de Deus, para ouvir tudo o que te foi ordenado pelo Senhor. Abrindo Pedro a boca, disse: Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas, mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo. Conheceis a palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos). Esta palavra, vós bem sabeis, foi proclamada por toda Judéia, começando pela Galiléia, depois do batismo que João pregou: Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder; o qual andou fazendo o bem e curando todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele. Nós somos testemunhas de todas as coisas realizadas por ele, tanto na terra da Judéia como em Jerusalém. A este mataram, pendurando-o num madeiro. Deus o ressuscitou ao terceiro dia, e fez que se manifestasse, não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus antes ordenara; a nós, que comemos e bebemos com ele, depois que ressurgiu dentre os mortos. Ele nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos. Dele dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome.
    Dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que o ouviam. Os fiéis que eram da circuncisão, que tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Pois os ouviam falar em línguas, e engrandecer a Deus. Então perguntou Pedro: Pode alguém recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo? E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então lhe rogaram que ficasse com eles alguns dias.






    CONTEXTUALIZANDO
    UM HOMEM CHAMADO CORNÉLIO



    Cesaréia, cidade situada à costa do mar Mediterrâneo próximo ao monte Carmelo atualmente conhecida por Kaisarich. Foi construída por Herodes, o Grande, muito bem projetada, grandiosa e bela. O seu nome assim foi dado em homenagem ao César de Roma. Era a metrópole romana da Judéia, muito populosa, foi a residência oficial dos reis herodianos, de Félix, Festo, e outros procuradores romanos. Nesta cidade o Herodes Agripa I, neto de Herodes, o Grande, mandou guardas justiçar a Pedro, que estando preso havia sido solto pelo anjo, enviando alguns guardas procurar a Pedro e castigá-lo. Este era um grande perseguidor da igreja de Deus até que um dia estando irritado com os de Tiro e Sidom; e estes, vindo de comum acordo ter com ele, e obtendo a amizade de Blasto, aristocrático da câmara do rei Herodes Agripa I, pediam paz, por que o seu país se abastecia do país do rei, estava assentado pomposamente no tribunal e dirigia-lhes a palavra. E o povo, que conhecia o seu orgulho e inflexibilidade, clamava: É a voz de Deus e não de homem. No mesmo instante o anjo do Senhor o feriu, porque não deu glória a Deus, e, comido de bichos, morreu. At 12.19-23

    O Exército Romano
    O exército romano, bem esquematizado, era composto de grupos de cem guardas, chamado de centúria e liderada pelo chamado centurião e comandada pelo comandante da coorte. Havia dois tipos de coortes as legionárias e as voluntárias. Uma dessa cortes voluntárias era a corte italiana, assim chamada por ser formada por voluntários italianos, esta corte era comandada pelo quartel general das forças romanas, na Judéia, em Cesaréia.
    O Centurião Cornélio
    Cornélio vivia em Cesáreia, era um centurião voluntário da corte chamada italiana, provavelmente um patriota em um país corrompido, presunçoso, cheio de injustiça, falsa religião e etc. Cheio de problemas pelo próprio encargo, porém, um homem justo e temente a Deus e, como propõe o próprio nome, piedoso, embora sendo estrangeiro, tinha bom testemunho de toda nação dos judeus. Era também amigo de todos, popular, lutando pela segurança e bem estar de toda família, e cativando à piedade alguns dos seus soldados (At 10.7).
    Cornélio era um homem que tinha tudo para ser um blasfemo, um adúltero, um pervertido, um idólatra, um iconoclasta politeísta, um arrogante abusivo, ou no caso de ser um piedoso, um religioso deprimido, pois o Antigo Império Romano até hoje é infamado por sua arrogância, por seu paganismo, pela rigidez na aplicação do castigo ilegal, e, como Cornélio era um centurião o que se esperava dele era ser igual à maioria dos da sua época ou, no máximo ser um bonzinho passivo, sem nada à protestar, talvez por não acreditar na mudança ou por não ter coragem de enfrentar a opinião adversa. Mas, pelo contexto bíblico, ele não somente era piedoso e temente a Deus mais era um influenciador, tinha o cuidado de conduzir o povo ao caminho do bem e da fé.  O seu coração se inclinava para servir a Deus, ele não sabia como, mas, no seu coração era isso o que ele queria, e foi isso que fez a grande diferença na sua vida e na dos que estavam a sua volta. Se ele se inclinasse para o mal teria procurado a prostituição, a vingança, as orgias... Cornélio recorreu a uma religião (embora entendamos que ninguém pode ou pôde ser salvo pelo judaísmo ou por qualquer outra religião quando alguém procura uma religião à semelhança do judaísmo (em fé e lei) está provando que a sua intenção é boa, ninguém procura ser um prosélito do judaísmo para poder ter mais liberdade para adulterar, matar, embriagar-se... não normalmente. Quando vemos hoje uma multidão incontável de pessoas arranjando desculpas para não ir à igreja entendemos claramente que a verdade é que o que estamos oferecendo não é aquilo que aquela pessoa está querendo. Quantas pessoas convidamos para ir à igreja e nos respondem: vou pensar, não sei do dia de amanhã, ou ainda, quando Deus tocar eu vou? Porém, quando alguém o chama para ir ao cinema, bar, prostíbulo, baile, prontamente ele vai. Está explicando que o não quer o bem, o coração quer o mal.
     Cornélio se inclinou para a religião por que o seu desejo era de agradar a Deus, ele o temia e queria servi-lo. Ele não sabia como, por que não conhecia as boas novas de Cristo, mas sabia que só existia um Deus (Is 43.10), ao contrário por exemplo dos que acreditam num reino politeísta afirmando que há um Deus grande e todo poderoso e um deusinho inferior chamado de Jesus ou de dos próprios romanos que tinham no seu rol de deuses uma lista infindável, diferente também dos ateístas que dizem que não há nem um, muito menos dois deuses, ele admirava essa fé monoteísta do judeu. Cornélio não se circuncidou, mas aderiu à fé judaica embora fosse considerado por ela um imundo, por ser gentio. O seu desejo de agradar a Deus o levou ao judaísmo. 
    Cornélio e o Judaísmo
    A religião judaica no tempo de Cornélio era uma religião bastante corrompida e cheia de hipocrisia, mas não contando com “a seita dos nazarenos” (At 24.5,14), o agrupamento de cristãos (At 11.26), ela era a mais aproximada da vontade divina: Fora fundamentada no Torá e no Decálogo, entregue por Deus a Moisés no monte Sinai, seu livro sagrado era o Pentateuco que previa e regia todas as áreas da vida do homem e da religião: do côvado a caminhada de um dia, da comida a mitra do sacerdote, do corte de cabelo ao sacrifício do altar. Tudo era regido rigorosamente. Santificação era o objetivo maior; amor ao próximo o fundamento da lei; Adoração e obediência a Deus era o ápice do chamado; e a circuncisão era a marca da adesão e do pacto.
    Se Cornélio se adaptou ao judaísmo muita coisa mudou na sua vida. Porém não sabemos afirmar muito sobre isso embora que o que sabemos já é o suficiente para a aplicação pessoal e para compreendermos o contexto. E o que sabemos?
    Ele era um adepto não circuncidado do judaísmo, provavelmente orava três, cinco ou sete vezes ao dia, a Bíblia nos diz que ele orava continuamente, quem sabe, virado para Jerusalém. Proponho que guardava os sábados, adorava em Jerusalém, aprendia na sinagoga onde se ensinava o Velho Testamento na versão grega, fazia muitas esmolas ao povo ao ponto de ser respaldado diante de todos os judeus e, mais, as suas esmolas e orações subiram para memória diante de Deus, Deus se lembrara de Cornélio pelo que ele havia feito de bom em oração, jejuns incansáveis e esmolas ao ponto de mesmo sabendo que ele se prostraria diante de um homem como no caso prostrou-se diante de Pedro, ato incomum e reprovável a um judeu, levá-lo ao conhecimento da verdade e da salvação, pois, Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todos os lugares se arrependam (At 17.30) , quando alguém o teme de verdade Ele o faz conhecedor da verdade para poupá-lo de ser iludido pelos falsos mestres e, conseqüentemente, ser condenado. Como está escrito: Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e o meu servo, a quem escolhi, para que o saibas, e me creias, e entendais que eu sou o mesmo,... Eu anunciei, e eu salvei, eu o fiz ouvir,... (Is 43.10a,12a). Outro exemplo disso é Paulo, um bravo perseguidor da comunidade apostólica, zeloso diante de Deus, servindo-o de bom coração, achava que estava fazendo a obra do Senhor. Quantas pessoas morreram as vistas de Paulo? A história nos conta que ele invadia as casas encerrando os cristãos na prisão, que testemunhou e cooperou com a morte de Estevão. Paulo era um judeu fariseu, puritano, formado aos pés do melhor mestre da sua época, Gamaliel, era um religioso fervoroso e rigoroso. Deus contemplou o que estava no seu coração e o salvou gloriosamente e, ainda, fez dele o maior missionário na história da igreja cristã.
    Mas por outro lado, quando Deus percebe que não há interesse no homem de buscá-lo ou o deixa na ignorância ou o faz conhecedor da verdade só para aumentar a culpa e, por conseguinte, o castigo. Como está escrito: Por que a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado. Ao que tem, se lhe dará, e terá em abundância. Ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas: Porque eles, vendo, não vêem; ouvindo, não ouvem nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaias: Certamente ouvireis, mas não compreendereis. Certamente vereis, mas não percebereis. Pois o coração deste povo está endurecido, e ouviram de mal grado com seus ouvidos, e fecharam seus olhos, para que não vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, compreendam o coração, se convertam e eu os cure. Mas bem aventurado os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem. (Mt 13:11-16) 
    E ainda disse: Se eu não tivesse vindo, nem lhes tivesse falado, não teriam pecado. Agora, porém, não têm desculpa do seu pecado. Aquele que me odeia, odeia também a meu Pai. Se eu não tivesse feito entre eles o que nenhum outro fez, não teriam pecado. Mas, agora, viram, e odiaram a mim e a meu Pai. Mas é para que se cumpra a palavra que está escrita na sua lei: Odiaram-me sem motivo. (Jo 15:22-25)
    Entendemos pelas as escrituras que ninguém pode ser salvo pelas obras como está escrito: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vêm de vós; é dom de Deus; não de obras para que ninguém se glorie”. (Ef 2.9) Porém, Cornélio, de alguma forma, agradou a Deus, o seu amor e a sua piedade subiram ao coração de Deus, e o Senhor o levou ao conhecimento de algo maior do que as boas obras, e maior do que a sua religião. 
    Algumas vezes ouvimos pessoas demonstrando aversão à religião e muitas vezes reprovando-a, no entanto, muitas pessoas que a detestam não fazem no desejo de obedecer à verdade, a Bíblia, a Deus, e sim, por que preferem os bares, novelas, motéis e etc. A religião representou muito na vida de Cornélio: Ela transformou o seu pensamento, a sua atitude diante das circunstâncias, a sua linguagem e daí por diante.
    Porém, a religião nunca pôde e não pode mudar a vida de ninguém, ela pode moldá-lo, regrá-lo, atarefá-lo e educá-lo a um exercício religioso, mas não pode salvá-lo nem pode libertá-lo. Cornélio foi um exemplo disso.  Entretanto, na vida de Cornélio, a religião foi um indicativo ela o conduziu a realidade de um mundo sobrenatural: céu, inferno, anjos e demônios, condenação e salvação. 
    A religião, dependendo de qual venha ser, pode ser um condutor ao mundo proposto pela Bíblia. Porém, não um fim em si mesma.  O que Deus tem para o homem, bem como o que Deus quer dele, vai muito além da religiosidade.
    A Utilidade da Religião
    Na vida de Cornélio, entre outros, essa religião serviu para mostrá-lo, em primeiro lugar, a existência do mundo espiritual e a influência dele no mundo material, em segundo lugar, mostrar a necessidade do compromisso com Deus e da mudança de atitude diante dessa realidade. Indiretamente, ela mostrou que era imperfeita e necessitava urgentemente de uma grande reforma. E muitas vezes a reorganização é na verdade a divisão da antiga religião e o recomeço de uma caminhada que sempre acaba em uma nova religião com influências da anterior. Por exemplos: O Senhor não fundou o Judaísmo, ele convocou o seu povo à vida de santidade, santidade essa que seria o pivô de todo o viver do seu povo, Deus não criou uma religião e sim chamou o seu povo a segui-lo, ele chamou o seu povo à santificação e a uma vida de adoração e obediência e como o povo não sabia o que isso significava, o próprio Senhor os ensinou por onde seguir e quais eram as regras desse segmento. Os homens chamaram isso de Judaísmo, a religião do judeu. Como se não fosse bastante a encheram de dogmas humanos e, por sua vez, como não podiam obedecer às regras criadas por eles mesmos, a transformaram numa religião hipócrita, escravizadora e impotente.
    O segundo exemplo disso é o catolicismo romano, Jesus nunca fundou uma religião e a chamou de verdadeira. Não encontramos na Bíblia, uma só vez, a palavra catolicismo, nem muito menos “Igreja Católica Apostólica Romana” presidida pelo seu primeiro papa Apóstolo Pedro com sede na cidade de Roma e fundada por Jesus Cristo. É tão contraditório que, na verdade, nem remendado a história chegaremos a essa conclusão. Na verdade, o mundo estava perdido, cada um se desgarrava como ovelha que não tem pastor, nascido em pecado e pecando todo dia, não havia nem um justo, nenhum sequer, todos, inclusive os religiosos, estavam afastados da glória de Deus e Deus num plano redentor, resumindo, enviou o seu Filho, como prova do seu amor, para morrer na cruz pagando o preço dos nossos pecados e nos conduzir de volta a Deus, de quem estávamos afastados desde a queda de Adão.
    Antes de morrer, aos trinta anos, Jesus assumiu o seu ministério: Pregou o evangelho, curou os enfermos, expulsou os demônios... e fez discípulos, ensinando-os a fazer a vontade do Pai, missão maior de um servo de Deus, e enviando-os como difusores dessa vontade. Eles por sua vez, em grande multidão, por que quando menciono discípulos não digo somente os doze, mas toda multidão que verdadeiramente o seguira, espalharam-se pelos arredores e por todas as regiões circunvizinhas difundindo essa fé.
    Essa fé não tinha nome senão, seita dos nazarenos (At 24.5,14), assim chamada por causa dos judeus, ninguém a chamou de catolicismo ou protestantismo. Seita por que, para eles a única religião verdadeira era o Judaísmo, tudo o que estivesse fora dela era considerada seita, e, dos nazarenos, por que era composto de seguidores de Jesus, o nazareno.
    A Religião Romana
     Em Roma a fé cristã, provavelmente, chegou através de alguns cidadãos romanos, que se converteram com o discurso de Pedro em Jerusalém (At 2:10). Esses cristãos, de alguma forma, levaram essa fé a sua nação, pois não há menção de Pedro pregando ou presidindo uma igreja em Roma. Nas cartas escritas por Pedro não vemos menção alguma feita à igreja de Roma, ele nem sequer escreveu a Roma e, se é verdade que ele foi o primeiro papa em Roma, como ele escreveu algumas cartas, seria, no mínimo, estranho, fora de contexto, não mencionar absolutamente nada sobre a igreja romana que propõem, ele presidiu. Ele não escreveu nada nem de Roma, nem a Roma, nem sobre Roma, nem para Roma. Nenhum daqueles que dizem que Pedro foi o primeiro papa, em Roma, até então, pôde provar isso, nem biblicamente, nem historicamente, nem arqueologicamente.
    Depois de ter a fé chegada, não somente em Roma, mais em vários lugares da terra, essa fé foi transformada em uma religião. Os imperadores, da mesma forma que no Judaísmo, a chamaram de Catolicismo Romano, a encheram de dogmas absurdos, anti-bíblicos e sufocantes, como não podiam carregar a carga criada por eles mesmos, a transformaram numa religião hipócrita, impotente, injusta e sanguinária. E, se ela não é mais regida pelos padrões bíblicos e evangélicos, não está mais fazendo a vontade de Deus. 
    A igreja verdadeira não é verdadeira pelo tempo de existência, nem pelo poder político, financeiro ou tradicional que possui. A característica de uma igreja verdadeira é em primeiro lugar o amor, o amor de Deus e a Deus. Em segundo lugar, ela deve ser uma igreja que persevera na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações.
    A igreja primitiva, muito antes de se tornar religião, perseverava na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo a necessidade de cada um. Perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja, aqueles que iam sendo salvos.” At 1.42-47
    É claro que quando falamos de religião como um suporte para o progresso no conhecimento da verdade não estamos propondo que as pessoas continuem na religiosidade, por que Cornélio teve uma religião, mas nunca pôde ser salvo por ela, e, também, não ficou só na mediocridade da religião.  Devo lembar ainda que não estamos usando como exemplo qualquer seita ou religião, por que muitíssimas delas são verdadeiras arapucas do diabo na terra que não podem conduzir o homem nem a meias verdades, falamos apenas daquelas que se aproximam da verdade bíblica.
    Como falamos outrora o interesse de Cornélio pela verdade de Deus, o seu temor a Deus e a sua piedade o levou ao um encontro transformador da sua vida.





















    O ENCONTRO COM UM HOMEM DE DEUS
    Um Anjo Humano



    C
    ornélio, como vimos, era um homem de oração constante, muito mais do que uma religião ele vivia numa busca interminável a Deus e, em uma de suas orações ele viu, claramente, durante uma visão, um anjo – mensageiro de Deus – aproximar-se dele e instruí-lo acerca do que ele deveria fazer a partir de então, pois uma nova fase estava começando na vida de Cornélio.  Ele estava prestes a conhecer e viver uma verdade superior, muito superior, a que antes conhecera. Hoje muitas pessoas também estão vivendo essa piedade, esse temor, essa vida de oração e por isso estão recebendo de Deus a oportunidade de prosperar espiritualmente, de soltar os amuletos e correr de encontro a verdade. Quantas pessoas estão sendo chamadas pelo Senhor nesse momento? Algumas delas vão saltar fora da religiosidade e avançar abruptamente de encontro à verdade de Cristo, de encontro a essa revelação mais profunda e mais transparente e, vão conhecer coisas tão maravilhosas que jamais quererão voltar atrás como está escrito: Se permanecerdes no meu ensino, verdadeiramente sereis meus discípulos.  Então conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jo 8.31,32). Outras, mesmo tendo a mesma oportunidade, vão temer e tremer diante do homem e, com medo do que os amigos, parentes, lideres religiosos, possam achar, vão perder o privilégio de conhecer o melhor de Deus.
    Cornélio avançou para uma nova etapa da sua fé e da sua vida de agrado a Deus. Porém, para chegar a tão grande revelação, ele precisava antes encontrar-se com alguém que mudaria e, que transformaria a sua visão, a sua forma de pensar, a sua religiosidade, o seu conhecimento, as suas atitudes diante das circunstâncias, da vida enfim. Era preciso ser obediente e cumprir passo a passo, cabalmente, a voz do anjo.
    O Papel do Anjo – Mensageiro de Deus
    O anjo é um ser ministrador (Hb 1.14), mensageiro de Deus (At 27.23,24), conservo dos servos do Senhor (Ap 22.9), que tanto pode, por ordem divina, guardar em paz um servo do Senhor (Ex 23.20), como também, entre outras, trazer uma mensagem de Deus ao homem (Lc 2.9-15). Aprendemos que os anjos sabem qual a vontade do Senhor, claro, de acordo com o que lhe for revelado: o que acontece no céu, no reino do espírito, bem como no planeta dos homens. O que nos surpreende é que esse anjo sabia o que Cornélio deveria fazer para alcançar esse fim tão desejado, o anjo sabia o que ele precisava ouvir de Pedro e poderia ter anunciado tudo para ele. Afinal de contas tanto o anjo é mais perfeito do que o homem, como é mais eficiente, tem maior conhecimento e é mais obediente a Deus. Além do mais, ele já estava ali com Cornélio, diferente de Pedro que morava em outra localidade (Jope ficava cerca de trinta milhas de Cesaréia), não conhecia Cornélio e abominava os gentios, era sentar e contar a história. Mas, não foi assim que o anjo fez, pois esta não era a sua missão. A única coisa que o anjo deveria fazer era dizer a Cornélio onde encontrar alguém que pudesse ajudá-lo a crescer no conhecimento pleno da verdade, um posto muito acima da religião.  Disse-lhe o anjo: as tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus. Agora envia homens a Jope, e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro. Ele está com um Simão curtidor, que tem a sua casa junto ao mar. Ele te dirá o que deves fazer.
    A Importância de um Homem de Deus
    Embora os anjos sejam superiores aos homens e Deus tenha outras formas de revelar-se ao homem, como por exemplo, através de sonhos ou de visões (Gn 46.2; Mt 2.13), Deus não revelou o evangelho a Cornélio por outros meios, aliás, ele nunca revelou o evangelho a ninguém através de visão (Ico 2.9), nem tão pouco através de sonhos ou mesmo através dos anjos, ele entregou essa missão aos homens (Mc 16.15), mas não a qualquer homem, ele a entregou a homens especiais, homens dos quais o mundo não era digno de recebê-los (Hb 11.38), homens de Deus.
    A expressão “homem de Deus” aparece várias vezes na Bíblia (I Sm 9.6; ITm 6.11), principalmente, no Antigo Testamento, referindo-se aos profetas. Um “homem de Deus” era como a própria expressão propõe um homem comprometido com o Senhor, um representante de Deus na terra. Pedro era um homem de Deus.
    Porém, numa visão humana muitas razões impossibilitavam Pedro de ser considerado um homem preparado para conduzir Cornélio a verdade. Vejamos:
    1.        Pedro era um seguidor de Cristo
    a.                  Nenhum judeu fervoroso, prosélito (aquele que adotava o judaísmo “in toto” abraçando até as tradições  farisaicas ) ou semi-prosélito (também chamado prosélito do portão, não se circuncidava) do judaísmo aceitaria ser instruído por alguém que sendo judeu viesse a render-se em adoração a outro ser senão a Deus e Pedro adorava a Cristo (Mt 28.16,17). Hoje, as pessoas aceitam ser instruídas em terreiros de macumba por gente sob suspeita (não que eu queira dizer que todo macumbeiro esteja sob suspeita), por sacerdotes muitas vezes difamados pela própria sociedade (como tenho ouvido falar de muitos que celebram e são assistidos por toda comunidade, mesmo tendo um péssimo testemunho), mas não aceitam ser instruído por um homem de Deus só por que a sua religião é diferente.
    b.                  Nenhum judeu fervoroso ou prosélito do judaísmo aceitaria ser instruído por alguém que, sendo judeu, viesse a ensinar outra doutrina diferente da pregada pelo judaísmo (maior e mais influente religião da sua época). Vemos um quadro parecido hoje. Se aquele que prega a palavra é da religião tradicional do nosso país, todo mundo o aceita e o recebe com honrarias, mesmo que ele esteja sob suspeita, seja um hipócrita, senão, pode ser um homem justo, um homem de Deus, eles não querem ouví-lo.
    c.              Os seguidores de Cristo, normalmente, eram pessoas simples e desprezadas (Lc 14.21): coxos aleijados, cegos, pescadores, indoutos. Era uma aberração alguém querer aprender com eles, como por exemplo, muitos dos servos de Deus hoje, que não dispõem de uma boa formação acadêmica, talvez até analfabetos ou não dispondo de algum recurso material e humano, ou mesmo presença física, linguagem culta, aparência física agradável. Isso tudo faz-me lembrar da história de um ex-padre, no seu testemunho de vida ele conta que sua mãe e igreja sempre o ensinara a aborrecer a igreja evangélica, dizendo que se pelo menos ele passasse pela sombra dela seria amaldiçoado, e certa feita ele se encontrou frente a frente com uma igreja evangélica, e sem que ele soubesse tinha um irmão, um homem de Deus orando ali, o seu ministério era orar pelos irmãos. Aquele padre que, naquele dia, estava “meio sem rumo”, acabou se dirigindo a uma praça próximo dali. Quando chegou à praça, sentou-se e ficou refletindo, neste ínterim, o irmão que estava orando na igreja sentiu o desejo de ir aquela praça. O irmão meio sem jeito foi se aproximando, se sentou e começou a dialogar, enquanto falava chorava, e o padre o ridicularizava e o questionava a respeito das divergências do protestantismo, mas conta o ex-padre, formado Filosofia, Direito Canônico, Teologia..., que o irmão respondia todas as perguntas e até parecia que era formado também em Teologia e, como próximo dali tinha um seminário luterano, por sinal, muito bem conceituado, o padre achou que ele fosse formado ali, mas ao mesmo tempo achava que não, por que o irmão falava o português tão mal que parecia ser um analfabeto. Porém, ele deu ouvidos as palavras daquele humilde irmão e se converteu. Hoje esse padre anda dando o seu testemunho em vários lugares. Na verdade aprouve a Deus escolher o que nada é para confundir os que são; escolher os loucos deste mundo para confundir os sábios dele (ICo 1.26-29).nVejamos:      
    O que disse o profeta Isaias? 
    A quem se ensinaria o conhecimento? E a quem se daria a entender a mensagem? Ao desmamado e ao arrancado dos seios? Porque é: preceito sobre preceito, regra sobre regra; um pouco aqui, um pouco ali. Pelo que por lábios estrangeiros e por língua estranha Deus falará a este povo,... A coroa, a soberba dos bêbados de Efraim, será pisada aos pés (28:3,9-11).
     E, o que disse o apóstolo Paulo?           
    Pois a palavra da cruz é loucura para os que perecem, mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios; aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde o escriba? Onde o inquiridor deste século? Não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Os judeus pedem sinais, e os gregos buscam sabedoria, mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. Pois a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. Ora, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; para  que ninguém se glorie perante ele. Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual nos foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor. Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Pois nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E eu estive convosco em fraqueza, e em temor e grande tremor. A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. (I Co 1:18-31; 2:1-5). 
    É claro que também não estou aqui querendo promover o desinteresse pelo conhecimento das sagradas escrituras, se não, incorreria em outro erro, muitas pessoas entendem errado e explicam errado por falta de uma boa lição teológica. E, o mesmo autor (Paulo, apóstolo) que escreveu as palavras que acabamos de mencionar é o mesmo que escreveu a Timóteo dizendo: Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade (IITm 2.15). Tanto é necessário que o homem de Deus seja preparado na palavra, como é necessário que aquele que deseja conhecer a verdade, a semelhança de Cornélio, procure alguém que realmente esteja preparado para ajudá-lo. Mas o maior desejo de Deus é que o homem seja conduzido ao arrependimento de pecados (Lc 15.7), à salvação (Mt 18.11-14), à santificação (Hb 12.10), às boas obras (Jr 7.1-7). O interessante da vida cristã não é conhecer toda a Bíblia e decorá-la; entender definições teológicas ou tradições religiosas é, antes de tudo, viver o pouco que aprendeu (Mc 4.24; Mt 7.26-27).  
    2.        Muitos judeus tinham Cristo como um herege e seus seguidores como um bando de loucos (At 24.14). As práticas dos discípulos do Senhor eram anormais se comparadas com as praticas comuns dos homens. Até hoje a fé em Deus tem sido ridicularizada por que o ensina a viver uma vida bem diferente da ensinada e promovida pelo mundo carnal e o religioso.
    3.        Ainda que um prosélito do judaísmo se interessasse pela fé em Cristo Pedro era um judeu cristão que ainda não tinha maturidade para auxiliar um gentio na sua conversão, ele não cria nela.  Ele condenava o gentio a quem fora escolhido para salvar. Era convertido a Cristo, porém, preconceituoso.
    Pedro, provavelmente, era um homem que, em outro tempo, vivera a fé no Judaísmo, adorara a um único Deus, guardara o sábado, amara o povo judeu, e esperara a vinda do messias, enfim vivera a religiosidade. Embora também fosse falho e imperfeito, Deus dera a ele o privilégio de ser liberto pela verdade e a chave da ciência (Mt 16.19), ou seja, o dom maravilhoso de pregar a palavra do Senhor (At 2.14). Pedro era um simples pescador numa óptica humana (Mt 4.18), mas na divina ele era um embaixador de Cristo na terra (IICo 5.20). Ele era um homem de Deus. Era tudo o que Cornélio precisava naquele momento para continuar crescendo na presença de Deus Pelo que o anjo lhe disse: Agora envia homens a Jope, e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro (At 10.5).
    Vivemos algo semelhante hoje. Conhecemos algumas pessoas diferentes das demais, que saíram da religião predominante do nosso país, abraçaram uma fé diferente, são pessoas simples e sem formação teológica, que, em alguns casos, carregam marcas de um passado triste, vivem em comunidades de pouca influência na sociedade e como todos os seres humanos, estão acobertados de falhas. São homens de Deus que não suportaram viver uma vida escravizada pelo poder do diabo, nem tão pouco, uma religiosidade vazia e cega e sim, sonharam com algo maior e almejaram algo mais profundo de Deus e, na sua ousadia, largaram todo o embaraço e, mesmo conhecendo as imperfeições pessoais, se lançaram nos braços da fé e descansaram nos seios da verdade, sustentados pelo verdadeiro amor de Cristo. E, como foram ousados, Deus os exaltou e fez deles pessoas especiais, verdadeiros homens e mulheres de Deus. Vivemos hoje um período em que os embaixadores de Cristo sofrem grande desprezo e perseguição. Muitas vezes são evitados, criticados, excluídos e reprovados, mas quase não há salvação sem a participação deles, porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? e como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas! De sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. (Rm 10:13-15,17).
    Temos que admitir, dentro do assunto proposto, que devemos a nossa conversão, a nossa salvação eterna, o nosso batismo, a conversão dos nossos familiares, as transformações da nossa vida (como compreensão da palavra, curas, prosperidade na vida conjugal, financeira...) a Deus acima de todas as coisas, incomparavelmente e aos homens de Deus que investiram nela, quantas pessoas conhecemos que louvam a Deus por um dia ter conhecido um homem de Deus. Como disse Paulo: “Com leite vos criei...” e, ainda: um planta e o outro rega...” (ICo 3:2,6) É preciso respeitá-los, amá-los, apoiá-los, consultá-los (ICo 4.1;Fl 2.3;IJo 4.20;Gl 6.2;IICr 18.6).
    Vantagens Encontradas no Homem de Deus
    Um homem de Deus é sempre desafiado a ser amoroso, compreensivo, paciente e tolerante e para uma pessoa carregada de dúvidas, preconceitos, problemas, traumas, incompreensões. Condenada pelo mundo e pela sociedade, nada melhor do que encontrar alguém em quem possamos encontrar um ombro amigo para chorar. Alguém que não nos condene, nem nos critique, mas nos ouça, entenda, aconselhe, direcione, nos ensine a palavra do Senhor. Um amigo que não seja influenciado pelo materialismo, pelo interesse, que nos ajude sem olhar para a nossa aparência ou para nossa posição social. Que não cobre consulta e não nos enrole recomendando tratamentos supérfluos. Um homem de Deus que seja verdadeiro, honesto, para que possamos confiar, se aconselhar sabendo que não seremos enganados.
    Ás vezes eu fico pensando como nós confiamos nas pessoas, seja ela um cientista, um médico, um professor ou um guia espiritual, nós confiamos nelas! Mesmo sabendo que estamos correndo o risco de morrer ou de sermos grandemente prejudicados, nós confiamos! Mas nem sempre confiamos por que sabemos que aquela pessoa é honesta, nós confiamos por que é o jeito, somos obrigados a confiar. Se estamos com um problema de saúde e precisamos emergencialmente de um tratamento, alguém nos indica qualquer médico e agente já esta lá confiando e dizendo que ele é bom; se o cientista diz que tal teoria é correta, então, nós confiamos nele e no que é dito; se o guia espiritual disse que Jesus é isso e a vontade dele é aquela, aceitamos por que não temos o conhecimento necessário para refutar, questionar. Quantas pessoas estão perecendo por causa disso? Faz-me lembrar de um fato em que um paciente precisava fazer uma cirurgia na perna esquerda e quando entrou na sala de cirurgia o médico operou a direita, e só depois ele percebeu que ficou aleijado das duas.
    O homem de Deus é alguém em quem podemos confiar por que ele vive pela verdade e dá a vida pela verdade. Só que eu devo ressaltar, honestamente, que para saber quem de fato é homem de Deus e quem não é, faz-se necessário observá-lo criteriosamente e, ainda, conhecer o que é a verdade. Porém, a Bíblia é um guia e, ela é totalmente confiável: é inerrante, infalível e totalmente inspirada, ou melhor, expirada por Deus (IITm 3.16; IIPe 1.21). Todavia, é preciso adquirir uma Bíblia verdadeira. Cuidado para não trocar o Evangelho de Jesus pelo de Allan Kardec, Charles T Russell entre outros.
     Acho, também, que muitos dos problemas que nós enfrentamos só podem ser solucionados espiritualmente. E, para tanto precisamos de um homem de Deus, por que um homem de Deus é também um homem espiritual. Ele entende do assunto e tem um acesso, um respaldo maior na hora da oração e do conselho, um exemplo disso é Eliseu: Naamã era um General, chefe do exército de Ben-Hadade, rei da Síria. Ele era um homem faustoso, porém era um homem doente: leproso. O leproso sírio não estava sujeito ao cerimonialismo da religião judaica, no entanto, um comandante sírio inútil para guerra em tempo de batalha estava sujeito ao descaso e deposição. Na casa dele morava uma menina que fora transportada no período do exílio e que havia ficado ao seu serviço e essa menina guardava viva na memória o tempo em que o homem de Deus operava maravilhas na sua terra natal, quando ela tomou conhecimento de que o seu senhor sofria tanto com tão horrível moléstia ela se lembrou, não do que o poderoso rei da Síria poderia fazer, nem tão pouco do que o rei de Israel poderia fazer, e sim, do que o homem de Deus era capaz de fazer por ele. Assim que ela contou isso a sua senhora ela participou também a seu marido e ele, por sua vez, imediatamente, disse ao rei da Síria.
    Como era de se esperar, o rei da Síria, não confiou o seu general nas mãos do homem de Deus e sim nas mãos do rei de Israel, que entrando em desespero rasgou as suas vestes, e disse: Sou eu Deus? Posso matar e vivificar? Por que este envia alguém a mim para ser restaurado da lepra? Notai, peço-vos, e vede que busca ocasião contra mim. Quando Eliseu, homem de Deus, ouviu que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgastes as tuas vestes? Deixai-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel (II Rs 5.7,8). O rei da Síria confiou nas mãos do rei de Israel, em suma, pelo poder político que ele representava. Eliseu nem era político, nem era coberto de poder econômico-social, nem era um sacerdote renomado, ele era coberto de um poder sobrenatural maravilhoso, que é sempre despedido pelos homens, mas eles não valorizam quem tem fé ou tão pouco quem é justo, eles observam e buscam quem tem poder político, influência social, poder econômico.
    Quantas pessoas deixam de procurar um homem de Deus só por que ele é de classe pobre, igreja pequena, inculto, “insignificante”. Só que no exemplo aqui mencionado vemos que o poder do milagre não estava nas mãos dos políticos, sendo ele um presidente ou um rei, ele estava nas mãos do homem de Deus, que vivia uma vida consagrada ao Senhor, e que recebera de Deus esse dom maravilhoso, como se confere. O próprio rei de Israel reconheceu que não tinha esse poder, ele até angustiou-se quando recebeu a carta do rei da Síria e achou que se tratava de uma artimanha para buscar ocasião contra ele, as suas primeiras palavras foram: “por acaso sou eu Deus?” Veja, o que era uma ameaça ao rei de Israel, era um exercício rotineiro, na vida de Eliseu, tanto que ele apelou, ousadamente: “Deixai-o vir a mim...” Em outras palavras: Você não pode, eu sim posso. Se a você é impossível, para mim é moleza! Na verdade era tão incomum e impossível ao rei curar que ele achou que só Deus podia fazê-lo, ele nunca tinha feito isso.
    Por que a menina não curou? Ela também não era de Israel? Por que ele não orou lá mesmo na sua terra, Deus não estava lá também? Por que não ficou curado nas águas de Damasco? Por que o rei, ou os sacerdotes não o curaram? Eles não serviam ao mesmo Deus? A questão é: Eliseu era um homem que tinha crédito com Deus. E embora seja polêmico nos nossos dias o uso de objetos de fé, ele usou o rio. Não era uma terapia, era um milagre?
    Quando Naamã foi ao encontro do homem de Deus, ele foi ansioso, possivelmente, ia desenhando no seu pensamento a idéia de um homem de Deus (contextualizando): a altura e o tipo (alto e forte), cor (branca), formação (conhecimento medicinal), linguagem (nível superior, apurada), consulta (melhor equipamento e mão de obra qualificada) tratamento (alta tecnologia e métodos complexos de cura cutânea), consultório (confortável e apropriado), recepção (muita simpatia e profissionalismo).
    O encontro de Naamã com o homem de Deus foi frustrante, assustador. Eliseu era homem simples, sem profissionalismo, sem formação, sem consultório, sem equipamento, sem simpatia e sem aparência. Para melhor dizer ele nem se quer saiu para conversar ou ver Naamã, quando o general parou o seu carro em frente a casa do profeta, esperando que ele viesse recebê-lo, o profeta mandou um mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne te será restaurada, e serás purificado. Naamã se enfureceu tanto que foi embora criticando o homem de Deus e dizendo: eu pensava que ele certamente sairia, pôr-se-ia em pé, e invocaria o nome do Senhor seu Deus, agitaria a mão sobre o lugar infectado, e me curaria da lepra. Não são Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar-me neles, e ser purificado? Como se vê ele estranhou que Deus o tenha enviado justamente a Eliseu, ele esperava que fosse alguém mais esplêndido e com uma consulta mais profissionalizada, algo mais extraordinário e não somente isso, mas também estranhou o tratamento que Eliseu passou, por que se era só mergulhar num rio, tanto a sua cidade tinha rio, como os rios dela eram melhores, em tudo, do que o rio indicado por Eliseu – homem de Deus. Isso prova que não era o método (o rio, ou o modelo de oração), era a fé, o respaldo, e a autoridade do homem de Deus que fazia a diferença (IIRs 6 e 7 caps). O método que ele iria usar era apenas uma forma de curar.
    Neste exemplo vimos claramente que um verdadeiro homem de Deus é simples, acessível e sem burocracia. Por mais amparado que seja, por mais inteligente que seja, por mais rico que seja, por mais espiritual ou experiente que seja, por mais famoso que seja, ele é sempre alguém muito simples. Constantemente ouvimos falar de homens de Deus que estão em posição de destaque que até aparecem na televisão, escrevem livros, gravam cd´s, operam curas grandiosas, dirigem grandes igrejas, desenvolvem grandes projetos evangelísticos, sociais e, o que vimos deles é muitas vezes louvável: eles são tão simples que nem dá para acreditar. Porém, lamentavelmente, devemos admitir que existem alguns que até decepcionam o povo. São pessoas pobres que por que possui um carro, uma casa, uma igreja maior, uma formação reconhecida, achara sorte na vida cristã, oram em línguas estranhas, acham que nasceram com o rei na barriga, são falsos mestres ou no mínimo ministros em fase de queda. Fico pensando: se eles vivessem na época de Cristo não teriam coragem de segui-lo. E se Cristo viesse a eles como veio aos discípulos daquela época, jamais seria aceito como o Filho de Deus por eles. Aposto que teriam vergonha dele. Só para se ter uma idéia Jesus sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas a si mesmo se esvaziou (esvaziou-se ekenôsen, não que tenha se tornado menos Deus abrindo mão dos atributos divinos), tomando a forma (morfê = posição de servo) de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz. (Fl 2:6-8). Jesus nasceu numa manjedoura, conviveu com todo tipo de gente, da criança ao velho, do pobre ao rico, do limpo ao leproso e se humilhou a morrer na cruz. E o apóstolo Paulo escreveu dizendo: De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus; e, ainda: Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações. Então, cada um receberá de Deus o louvor. Ora, irmãos, apliquei essas coisas figuradamente  a mim e a Apolo, por amor de vós, para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um  contra outro. Pois quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não houveras recebido? Já estais fartos! Já estais ricos! Sem nós reinais! e oxalá reinásseis para que também nós reinemos convosco! (ICo 4.5-8) Pois eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a igreja de Deus (ICo 15.9). Fazei todas as coisas sem murmurações nem contenda, para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo,... (Fl 2.15,16). Pois  Deus é quem opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua vontade. (Fl 2:13)
    Outras vantagens encontradas no homem de Deus e, até mesmo, raríssimas nos dias de hoje é o sigilo e a coerência. Hoje vemos uma multidão de pessoas que tudo que escuta dos outros é no intuito de levá-los à platéia, de tocar a trombeta e de fazer fofoca, de acusar. Um homem de Deus sigiloso é um auxílio confiável. Temos visto muitos hipócritas que tudo que fazem, seja um aconselhamento, uma oração ou uma ajuda, já tocam trombeta para que todos possam ouvir e saber que eles fizeram e, na tolice de se exibir, quebram o sigilo, mas temos visto muitos homens de Deus lutando pelas pessoas, orando por causas particulares e, trabalhando sério, no silêncio. Eu não quero comprometê-los, mas devo dizer que muitas pessoas já desfrutaram dessa benção. Admiro, sobretudo, a sabedoria com que muitos deles resolvem os problemas alheios. É muito sacrifício. Precisamos encarecidamente desses homens. São de grande valor.
    Os Cuidados que Devemos Ter Com o Homem de Deus
    Muitas vezes agente pensa que os homens de Deus são verdadeiras máquinas humanas, semideuses ou verdadeiros escravos, é preciso compreender que eles são humanos como todos nós e, por isso, merecem cuidado e zelo singular: Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e no ensino (ITm 5.17).
    É preciso entender que ele ri, mas também chora; se alegra, mas também se entristece; reclama, mas também é criticado; faz companhia, mas muitas vezes se sente sozinho; valoriza as pessoas, mas muitas vezes se sente desvalorizado; consola, mas muitas vezes se vê apertado; corrigi, mas também falha; assegura, mas muitas vezes se vê desprotegido; compreende a todos, mas muitas vezes, é mal interpretado; se sacrifica, mas também tem uma vida e uma família para cuidar.  Quem enfraquece, que ele também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que ele também não se inflame? (II Co 11:29). É preciso que a igreja o ajude a fazer a obra de Deus para que ele não saia traumatizado, como há muitos, eu conheço! Trabalhar com o povo de Deus, com a obra de Deus é muito árduo (Cl 1.24). É uma luta constante contra o diabo e o pecado (Ef 6.12 Gl 5.17). A palavra nos adverte: até a cegonha no céu conhece os seus tempos determinados, e a rola, a andorinha e o grou observam o tempo da sua arribação, mas o meu povo não conhece o juízo do Senhor (Jr 8.7); ouvi, ó céus, e dá ouvidos, tu, ó terra; pois falou o Senhor: Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim. O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono, mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.  Ai da nação pecadora, povo carregado de iniqüidade, da descendência de malignos, dos filhos corruptores; deixaram ao Senhor, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás.  Por que seríeis ainda castigados, se mais vos rebelaríeis? Toda a cabeça está enferma e todo o coração fraco. Se o SENHOR dos Exércitos não nos deixara algum remanescente, já seríamos como Sodoma, e semelhantes a Gomorra. Pelo que, quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço. As vossas mãos estão cheias de sangue; lavai-vos, e purificai-vos. Tirai a maldade dos vossos atos de diante dos meus olhos! Cessai de fazer mal, aprendei a fazer bem! Procurai o que é reto, ajudai o oprimido. Fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas. Vinde então, e argüi-me, diz o SENHOR: Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão branca como a lã. Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o bem desta terra. Os teus príncipes são rebeldes, companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno, e corre atrás de presentes. Não fazem justiça ao órfão, e não chega perante eles a causa da viúva.  (Jr 8.7; Is 1.1-5,9,15 -19,23). E, como são ministros de Deus, acabam sofrendo também com isso. E muito. Um exemplo disso ocorre na vida de Moisés, ele lutou tanto para que o povo herdasse a terra prometida que se desgastou ao ponto de nem ele mesmo herdá-la (Dt 34.4). Certa feita ele estava tão estressado cuidando do povo e resolvendo as dores de cabeça deles mesmos, resultado de contenda dos irmãos, que quando Jetro, seu sogro, o visitou, percebeu a situação, teve pena dele e o aconselhou a dividir a tarefa com o próprio povo, se não, ele não suportaria, a carga era pesada demais (Ex 18.18). Como podemos ajudar um homem de Deus? 

    1.        Honrando     
    Agora vos rogamos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, e os que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam. Tratai-os com grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós. (ITs 5:12,13).
    Cornélio honrou tanto a Pedro que quando soube que ele estava a caminho, reuniu todos os seus amigos e parentes mais próximos para ouvi-lo, pois, entendeu que não se tratava de um homem qualquer, ele era o homem de Deus, que vinha com uma mensagem do céu para sua casa. Quando Pedro chegou Cornélio imediatamente se prostrou aos seus pés numa atitude de respeito, honra, reverência, humildade e serviço, como quem dissesse: Eu estou inteiramente a sua disposição. Cornélio, talvez, não tenha se prostrado em atitude de idolatria, ele fez o melhor que podia, pensava estar fazendo o certo. É claro que não devemos nos prostrar diante de um homem de Deus, pois, por melhor e maior que pareça ser nunca será digno de ser adorado por alguém e sempre será falho (At 14.8-15). Pedro ignorou totalmente a atitude de Cornélio, mesmo por que não era costume de Judeu se prostrar diante de outro, mas ele entendeu o porquê daquilo tudo: Cornélio não era um judeu fervoroso, não conhecia bem as leis de Deus, fez o que achou que era certo.  Então Pedro o tomou pelas mãos e disse: Levanta-te, por que eu também sou homem.
    Hoje vivemos dois sérios problemas: Um é o que chamam de veneração. Muitas pessoas hoje se dobram diante de imagens de santos criadas pelos homens. Eles se ajoelham diante delas, as beijam, cantam hinos de louvor a elas, confiam no que elas possam fazer, pedem curas, fazem procissão e, discutem com qualquer pessoa que mostrar opinião contrária. Por que isso é um problema? Veja bem:
                É um problemão, melhor dizendo, por várias razões: Nunca Deus permitiu em sua lei que alguém fizesse imagem dele ou de qualquer ser celestial no intuito de tê-lo em casa como fonte de inspiração (Sab 13,14,15 apócrifo; Ex 20:4,5), as únicas imagens permitidas e ordenadas por Deus são a imagens dos querubins, que ficavam dentro do Santo dos santos, não exposto para que não viessem a louvá-la, reverenciá-la, beijá-la, ou adorá-la; e a imagem da serpente que o Senhor mandou que se fizesse e pusesse em cima de um poste para que todas as pessoas que fossem mordidas por serpente ao olhar para ela fossem curadas do veneno. Essa imagem fora feita por que o povo de Deus estava murmurando contra o Senhor e o Senhor resolveu castigá-los com serpentes e morreu muita gente. Então o povo se arrependeu e falou com Moisés para que ele clamasse ao Senhor por eles. Moisés clamou e Deus respondeu dizendo: Faze uma serpente, e põe-na sobre uma haste. Todo aquele que for mordido, e olhar para ela, viverá (Nm 21.8). Moisés fez a serpente, pôs numa haste e todo aquele que olhava para ela ficava curado. Mas não deveria ser objeto de culto ou de adoração. A prova disso veio depois. Como o povo começou a ficar curado, então começaram a achar que a serpente tinha vida, tinha poder, que quem fazia os milagres era ela, começaram a chamá-la de Neustã e se prostrar diante dela, foi daí que Deus levantou um rei temente a ele chamado Ezequias que tirou os altos, quebrou as colunas, deitou abaixo os postes- ídolos. Despedaçou a serpente de bronze que Moisés fizera, pois, até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamavam Neustã (IIRs 18:3,4). Além disso, a imagem de Deus, Jesus, Maria, São Mateus, dos apóstolos... que as pessoas possuem é na verdade uma idéia de como seria o verdadeiro, muitos desses quadros foram inspirados em personagens famosos da idade média e outros na criatividade do autor, não há prova, nem possibilidade de eles estarem realmente acertando no desenho, ou seja, ninguém acredita que aquela imagem ao menos pareça com o verdadeiro santo. Você já parou para pensar que aquelas imagens podem ser a figura dos deuses do paganismo? Já observei em algumas figuras o Jesus que eles criaram aparece musculoso, parecendo os competidores das olimpíadas da Grécia e, os anjos aparecem nús, o que isso inspira? Com quem realmente elas se parecem? A imagem da Senhora Aparecida do Brasil é um exemplo disso: em primeiro lugar, não é preconceito e sim contexto étnico, Maria, mãe do Senhor, não era negra, e depois, os negros africanos, a quem eles atribuem à difusão da santa – senhora Aparecida, nos trouxeram uma religião espírita cheia de misticismo e totalmente reprovada pelo próprio catolicismo, então, a não ser por interesse da religião, por que acreditam nas suas imagens e na sua religiosidade se reprovam a sua cultura religiosa? Continuo: se essas imagens fossem originais e confiáveis ainda assim não poderíamos reproduzi-las de alguma forma ou se prostrar diante delas. Observe: São Pedro, não a imagem de São Pedro. Estou falando do próprio santo, em carne, osso e vida, esteve na casa de Cornélio e, quando Cornélio se prostrou diante dele, ele imediatamente o levantou e dizendo: levanta-te, eu também sou homem. Se eu não posso me prostrar diante do santo verdadeiro, não seria uma loucura se prostrar diante da sua imagem? Com certeza.
                No mais a idolatria atrai a maldição. O profeta Jeremias fora muito usado por Deus em protesto, o Senhor não suportava os pecados de Judá e, para evitar dele destruir tudo de uma vez, ele enviou o homem de Deus para bradar na terra. As palavras de Jeremias eram duras e denunciadoras. Mas, enfim, o que de tão mal aquele povo andava fazendo para que o Senhor ficasse tão irado com ele? Veja nas suas próprias palavras: Portanto não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem me importunes, porque eu não te ouvirei. Não vês tu o que andam fazendo nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém? Os filhos apanham a lenha, os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecerem libações a outros deuses, provocando-me a ira. Mas é a mim que eles provocam à ira, diz o Senhor, e não antes a si mesmos, para sua própria vergonha? Portanto, assim diz o Senhor Deus: A minha ira e o meu furor se derramarão sobre este lugar, sobre os homens e sobre os animais, sobre as árvores do campo e sobre os frutos da terra, e acender-se-á e não se apagará (Jr 7:16-20). Como vemos aqui esse povo estava ameaçado de destruição e, isso é uma maldição. Essa maldição iria consumir os animais, provavelmente através da destruição, e, iria também consumir as plantações e vegetações, provavelmente através de uma grande seca. Será que a seca, é um problema da natureza, será que a violência é um problema dos jovens, será que o desemprego é somente um problema social? Não acredito que seja. Em Levítico 25.18 está escrito: Observai os meus estatutos, guardai os meus juízos, e cumpri-os, e assim habitareis seguros na terra. Então a terra dará o seu fruto, e comereis a fartar, e nela habitareis seguros. Se disserdes: Que comeremos no sétimo ano, visto que não havemos de semear, nem colher o nosso produto? Eu enviarei a minha benção sobre vós no sexto ano, para que dê fruto por três anos. Se quisermos realmente mudar de vida temos que mudar também de fé e comportamento, diante de Deus e diante dos homens de Deus.
    Outro problemão que nós enfrentamos hoje é o desprezo com o homem de Deus, é outro extremo, a exemplo da idolatria: A sociedade o condena, o reprova, o exclui, e, como se isso não fosse bastante, o próprio povo, denominado povo de Deus, censura, desaprova, abandona, persegue e maltrata. Há um orgulho tão grande nos cristãos de hoje que parece que eles não precisam mais de ninguém. Não consideram a mais ninguém. Vivem traindo as suas lideranças, desrespeitando e afrontando as suas autoridades. O conselho bíblico é: Obedecei a vossos guias, e submetei-vos a eles; Eles velam por vossas almas, como quem há de prestar contas. Obedecei-lhes para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil (Hb 13:17). Quantos homens de Deus estão desanimando na caminhada, não por falta de recursos ou por causa das criticas dos incrédulos, nem tão pouco por perseguição religiosa ou política, mas por causa dos seus próprios irmãos de fé ou mesmo seus líderes e liderados.
    Davi é um exemplo de alguém que sabe honrar o homem de Deus. Quando Saul desobedeceu ao Senhor, o Senhor o desamparou, retirou dele a unção e pôs sobre Davi, com isso Saul invejado passou a perseguir a Davi, que inocentemente passou a fugir de Saul para não ser assassinado por ele. Certa vez Saul saiu com três mil homens, escolhidos a dedo, os melhores guerreiros, em busca de Davi para matá-lo e tendo necessidade entrou numa caverna para aliviar o ventre. Ora Davi e os seus homens estavam no mais interior (um pouco mais para dentro) da caverna. Então os homens de Davi lhe disseram: Este é o dia do qual o Senhor te disse: Eu te dou o teu inimigo nas tuas mãos, e far-lhe-ás como parecer bem aos teus olhos. Então Davi levantou-se, e de mansinho cortou a orla do manto de Saul. Depois doeu o coração de Davi, por ter cortado a orla do manto de Saul. Disse ele aos seus homens: O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido (meishiah = o ungido, do verbo meishah = consagrar, ungir, consagração feita com derramamento de óleo) do Senhor, que eu estenda a minha mão contra ele; pois é o ungido (também sinônimo de escolhido, separado, nomeado, encarregado) do Senhor (a pessoa que Deus escolheu e firmou, logo a sua autoridade não é sua propriamente, mas do Senhor. Jesus disse: Quem vos recebe, a mim me recebe, e quem me recebe, recebe aquele que me enviou (Mt 10.40)). Com essas palavras Davi conteve os seus homens, e não lhes permitiu que se levantassem contra Saul. E Saul se levantou da caverna, e prosseguiu o seu caminho. Então também Davi se levantou e, saindo da caverna, gritou por detrás de Saul: Ó rei, meu Senhor! Olhando Saul para trás, Davi se inclinou com o rosto em terra, e lhe fez reverência. Disse Davi a Saul: Por que dás ouvido às palavras dos homens que dizem: Davi procura fazer-te mal? Este dia os teus olhos viram que o Senhor te pôs em minhas mãos nesta caverna. Alguns disseram que eu te matasse, porém a minha mão te poupou; eu disse: Não estenderei a mão contra o meu senhor, porque é o ungido do Senhor. Olha, meu pai, vê aqui a orla do teu manto na minha mão! Eu cortei a orla do teu manto, mas não te matei. Considera e vê que não há na minha mão nem mal nem rebeldia alguma, e que não pequei contra ti, ainda que andes à caça da minha vida, para ma tirares. Julgue o Senhor entre mim e ti. E vingue-me o Senhor de ti, mas a minha mão não será contra ti. Como diz o provérbio dos antigos: Dos ímpios procede a impiedade. A minha mão, porém, não será contra ti. Após quem saiu o rei de Israel? A quem persegues? A um cão morto? A uma pulga? Seja o Senhor juiz, e julgue entre mim e ti. E veja e advogue a minha causa, e me livre das tuas mãos. Acabando Davi de falar a Saul todas estas palavras, disse Saul: É esta a tua voz, meu filho Davi? Então Saul levantou a voz e chorou. Disse a Davi: Mais justo és do que eu. Tu me recompensaste com bem, e eu te recompensei com mal. Tu mostraste hoje que procedeste bem para comigo; o Senhor me entregou em tuas mãos, mas não me mataste. Quem há que, encontrando o seu inimigo, o deixa ir por bom caminho? O Senhor te pague com bem, pelo que hoje me fizeste. Eu sei que certamente hás de reinar, e que o reino de Israel há de ser firme nas tuas mãos. Agora jura-me pelo Senhor que não desarraigarás a minha descendência depois de mim, nem desfarás o meu nome da casa de meu pai. Assim jurou Davi a Saul. Então Saul foi para sua casa, porém Davi e os seus homens subiram ao lugar forte (I Sm 24).
    O espaço é pequeno para relatarmos esta linda história bem como para detalharmos a lições de vida contidas neste texto. Notemos algumas porém:
    ·         A unção que Davi disse que estava em Saul, na verdade, já estava sobre Davi, Saul estava somente esperando se cumprir o dia em que Deus tomaria o seu reino e daria a Davi, justamente porque procedia impiamente desobedecendo ao homem de Deus - profeta Samuel e ao Senhor, e perseguindo até a morte alguém que não lhe devia nada, por pura inveja e má suspeita, por que deixando de ouvir ao Senhor deu ouvidos aos seus homens maus. Saul não era mais o ungido, contudo por ter ele sido um dia Davi o honrou e o poupou. Disse ele aos seus homens: O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do Senhor, que eu estenda a minha mão contra ele; pois é o ungido do Senhor.
    ·         A consciência de Davi pesou não somente no plano de morte de Saul, mas em, simplesmente, ter humilhado o homem de Deus rasgando-lhe as vestes: Então Davi levantou-se, e de mansinho cortou a orla do manto de Saul. Depois doeu o coração de Davi, por ter cortado a orla do manto de Saul. Quantas pessoas não se aproveitam da fraqueza do ungido de Deus para humilhá-lo com palavras ou atitudes desagradáveis, mas a mão do Senhor ainda pesa. Davi temia a dor que isso poderia trazer depois.
    ·         Davi tinha uma equipe que concordava plenamente com a morte de Saul e, que até desejava por muito tempo que isso acontecesse. Se Davi matasse, seria, aos olhos dos seus guardas, uma prova de bravura e um ato de justiça. Isso sem dizer que fora o Senhor quem entregara Saul nas mãos de Davi. Porém, o coração de Davi não estava na lei dos homens e sim na lei do Senhor. E, mais, o próprio Saul se surpreendeu com a sua atitude, o que prova que se ele tivesse no lugar de Davi o teria matado. Deus entregou em suas mãos, mas não lhe autorizou fazer este mal. A resposta de Davi é a prova de que ele era verdadeiramente um servo do Senhor: Dos ímpios procede a impiedade. A minha mão, porém não será contra ti. Vemos muitas pessoas hoje rodeadas de bajuladores que concordam plenamente com a sua injustiça e carnalidade e por isso se aproveitam do apoio para denegrir, difamar, reprovar e perseguir os homens de Deus e, às vezes até estando na mesma classe ou na mesma condição, na mesma posição, ou ainda, desfrutando de riquezas espirituais e materiais, adquiridas através dos homens de Deus a quem tanto perseguem.
    ·         Com todas as falhas contidas em Saul, ao contrário de hoje, que muitos já o reprovaria totalmente e publicamente, Davi o respeitou, o considerou: Então também Davi se levantou e, saindo da caverna, gritou por detrás de Saul: Ó rei, meu senhor! Olhando Saul para trás, Davi se inclinou com o rosto em terra, e lhe fez reverência. Em outras palavras o que Davi disse foi que com todas as falhas de Saul (tentativa de homicídio injusto (ISm 24.2), envolvimento com bruxaria (ISm 28), inveja contínua (ISm 18.7-30) e perturbação demoníaca (ISm 16.15)), para Davi, Saul ainda continuava sendo o ungido do Senhor, o seu rei, e mais, o seu pai (o pai de Davi era Jessé, porém Davi o considerava como o seu pai). E se humilhou diante dele com rosto em pó. Quantos filhos hoje desconsideram o seu pai e não querem nem vê-lo por coisas mínimas. E, quantos filhos espirituais desconsideram e difamam violentamente os seus pais espirituais por motivos banais ou por nenhum motivo. Não queremos aqui defender a idéia de que, independente da desgraça de vida que alguém esteja vivendo devamos, apoiá-lo e admiti-lo na frente da obra do Senhor, mas que não devemos nos opor como se tivéssemos encontrado um inimigo. Não devemos tratá-los com escárnio e descaso como se fossem verdadeiros demônios. Saul, por sua vez, também se dirigiu a Davi chamando-o de filho. Quantos homens de Deus adotam seus discípulos como verdadeiros filhos e, muitas vezes, por questões triviais são totalmente desprezados pelos seus filhos espirituais e como se não bastasse o preço da falha agora sofrem o peso do desprezo, da reprovação e da saudade.
    ·         Ao homem mal compete à maldade e ao bom a bondade. Embora Davi tenha feito bem a Saul, Saul só lhe fazia mal, e, embora Saul lhe fizesse mal, Davi só lhe fazia bem, por esta causa Saul reconheceu a justiça de Davi e teve que admitir: o Senhor me entregou em tuas mãos, mas não me mataste. Quem há que, encontrando o seu inimigo, o deixe ir por bom caminho? O Senhor te pague com bem, pelo que hoje me fizeste. Eu sei que hás de reinar, e que o reino de Israel há de ser firme em tuas mãos. Agora jura-me pelo Senhor que não desarraigarás a minha descendência depois de mim, nem desfarás o meu nome da casa de meu pai. Assim jurou Davi a Saul. Então Saul foi para sua casa, porém Davi e os seus homens subiram ao lugar forte. (I Sm 24). Diante da vantagem que Davi se encontrava poderia despedaçar a Saul e a sua descendência, porém Davi se comprometeu com juramentos que a conservaria e a honraria. Ah, meus irmãos, como isso está longe do que vemos hoje! Dentro de uma mínima oportunidade e, sem razão alguma, as pessoas se opõem como se tivessem encontrado um grande inimigo que lhe tivesse cometido o pior mal que se possa imaginar. No entanto, a questão é: do ímpio procede a impiedade. Quanto a nós veja o que diz o Senhor Jesus: amai a vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus. Ele faz que o sol se levante sobre maus e bons, e envia chuva sobre justos e injustos. Se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem os cobradores também o mesmo? E se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? Não fazem os gentios também assim? Sede vós, pois, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai que está nos céus. (Mt 5:44-48).  

    2.         Obedecendo
    Obedecer é melhor do que o sacrificar, e atender melhor é do que a gordura de carneiros. Pois a rebelião é como pecado de feitiçaria. E a obstinação é como iniqüidade de idolatria. Porquanto rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou, para que não sejas rei. Então disse Saul a Samuel: Pequei, Violei o mandamento do Senhor e as tuas palavras. Temi ao povo, e dei ouvidos à sua voz. Agora, rogo-te, perdoa-me o meu pecado e volta comigo, para que eu adore ao Senhor. Porém, Samuel disse a Saul: Não tornarei contigo. (ISm 15:22b-25).
    Quando Israel ainda não tinha rei o povo se sentia desgovernado, desprotegido, sem alguém que liderasse as suas campanhas, que cuidasse do povo, que julgasse as causas e que ficasse permanentemente como um governante para estabelecer um reino e um reinado. O povo clamou a Deus e Deus lhes respondeu, embora não muito satisfeito com a proposta de um rei. A primeira questão que precisava imediatamente de resposta era quem seria esse rei. Deus não queria qualquer pessoa, qualquer rei, ele queria alguém que correspondesse à necessidade do povo e que não comprometesse o povo com a sua própria vontade: Deus escolheu Saul. Saul era filho de um lavrador muito rico, era alto e muito belo, era filho de Benjamim, da menor das tribos de Israel e a sua família era a menor de todas as famílias da sua tribo e cuidava das jumentas do seu pai. Nunca pensara que um dia seria rei, até que, um dia, tendo as jumentas do seu pai se perdido ele foi procurá-la junto com um moço e, já pensando em voltar para casa, o moço, seu companheiro, o convidou para ir à cidade a procura de um homem de Deus, pois, o homem de Deus poderia mostrar o caminho que deveriam seguir, já que ele era um profeta muito bem conceituado. Diante do convite Saul quis desistir: primeiro por que não queria preocupar seu pai e depois por que não tinha nada para oferecer ao homem de Deus. Mas, foram. Deus havia avisado ao homem de Deus um dia antes que enviaria o futuro rei ao seu encontro e assim o fez. Quando o homem de Deus viu Saul o Senhor lhe disse: Eis aqui o homem de quem já tenho dito. Este dominará sobre meu povo. Saul disse a Samuel: Mostra-me, peço-te, onde está aqui a casa do profeta. E Samuel disse: Eu sou o profeta. O homem de Deus convidou Saul a subir com ele ao alto e comer com ele e, ainda, o consolou a respeito das suas jumentas e o consagrou rei. Dali em diante Deus mudou o coração de Saul e o Espírito de Deus se apoderou dele, e profetizou. (ISm 8,9,10)
    Uma das Mais Belas Virtudes
    A obediência é, sem dúvida, uma das mais belas virtudes de um servo de Deus é tão linda e necessária que é preferível que se obedeça a um comando simplíssimo, insignificante e dispensável, do que fazer um sacrifício mortal. Porém, não é fácil ser obediente, ser submisso. Lamentavelmente não conseguimos, muito facilmente, obedecer ou por que somos auto-independentes, ou por que somos orgulhosos, soberbos e arrogantes, ou por que somos incrédulos, desconfiados. A insubmissão é o resultado de um coração rompante. Quem é soberbo e iracundo não obedece e, quando reclamado, não aceita correção. Salomão escreveu: Não repreendas o escarnecedor, para que não te odeie; repreende o sábio e ele te amará. (Pv 9.8) Não há homem de Deus sem submissão. A submissão é o resultado de um coração modelado por Deus, ou seja, de um coração realmente convertido e amadurecido. Há um desajuste muito grande quando encontramos alguém que se diz servo de Deus, mas não consegue se submeter, até por que, um arquétipo de rebelião é satanás (Ap 12.7-9). Ele é divisor, contencioso e ambicioso, em função disso não consegue obedecer. Ele só não vira tudo de cabeça para baixo por que Deus não permite.
    Um servo de Deus tem que ser submisso (IICo 10.5,6; IITs 3.14,15). A palavra submissão significa: Missão que está abaixo, ou seja, a minha missão tem que estar em comum acordo com a que está acima dela, assim funcionará como um cumprimento e complemento da missão primária e superior, e, obediente significa aceitar as regras. Mas não somente aceitar, no sentido de ter que suportar, e sim, concordar, compreender, encarnar e propagar alegremente.
    A obediência é uma avaliação. É aqui que vamos descobrir quem realmente somos. Muitas vezes julgamos as pessoas e sentenciamo-las ao inferno. Normalmente, isso acontece, quando nos referimos, por exemplo, a feiticeiros, iníquos e idólatras. Nós nos enchemos de referências bíblicas, enchemos a boca de respostas decoradas e já repreendemos e condenamos todo mundo a nossa volta. Chegamos às vezes a recorrer ao azeite, ungimos os ambientes, as pessoas e, quando nos é oportuno, expulsamos o espírito maligno e convidamos as pessoas a, emergencialmente, arrependerem-se dos seus pecados e converterem-se a Cristo. Porém, com as mesmas palavras que julgamos somos condenados. Por que se um feiticeiro ou um idólatra não pode entrar no céu o desobediente também não pode, o pecado é o mesmo. É o mesmo nível, o mesmo castigo e o mesmo mal. A desobediência é rebelião e porfia, e a rebelião e porfia são como a feitiçaria, iniqüidade e idolatria e os que praticam tais coisas não herdaram o reino dos céus (ISm 15.23; Ap 22.15). Nessas circunstâncias, muitos dos que crêem ser salvos, na verdade estão enganados e perdidos: pois muitos são chamados, mas poucos escolhidos (Mt 20.16); nem todo que diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai, que está no céu (Mt 7.21); Pois qualquer que guardar toda lei, mas tropeçar em um só ponto, torna-se culpado de todos (Tg 2.10).  E o resumo da lei é a obediência. Na cidade santa não entrará o feiticeiro, nem o idolatra, nem o iníquo e, do mesmo nível, o desobediente, insubmisso e o rebelde. (Ap 22.15; Rm 1:28-32; 2Tm 3.1-9; Hb 2.2;4.6).
    Saul era um servo do Senhor qualificado para o reinado, Deus havia preparado ele para essa missão, porém, não por causa do seu potencial e sim pelo temor a Deus e pela humildade, foi isso o que fez dele um rei, se estivesse se esnobando nunca teria governado na vida. Ele era um homem de família simples, e como Deus gosta dessa classe de gente, já era um prato cheio por que ele era da menor família e da menor tribo. Saul tinha respeito pelos homens de Deus e era generoso para com eles, pois a história conta que Saul não queria ir ao homem de Deus de mãos vazias. Quando Samuel viu Saul aprovou-o imediatamente e, posteriormente, o consagrou. Saul fez uma campanha maravilhosa em favor do povo de Deus e venceu os amonitas, porém na batalha contra os filisteus ele esperou sete dias, até ao tempo que Samuel havia determinado, como o homem de Deus se atrasou e o povo se espalhava dele, tomou o holocausto e ofereceu. No mesmo instante chegou Samuel e lhe saiu ao encontro para saudá-lo (o homem de Deus é sempre respeitador e valorizador, mas muitas vezes, quando se dá conta está sendo apunhalado, traído e desconsiderado) e, quando viu a loucura de Saul o repreendeu e o desprezou.
    Avaliando a história percebemos que Saul parecia mais justo do que o homem de Deus por que Samuel se atrasou para o compromisso e Saul já estava lá há tempo, correndo o risco de perder a batalha, e o que Samuel fazia no caso era oferecer o sacrifício, e isso Saul já tinha aprendido a fazer. Além disso, se Samuel era um profeta de Deus, Saul era um rei escolhido pelo próprio Deus. E, para concluir, se tratava de uma guerra ninguém podia ficar esperando, quem sabe Saul quis aplicar uma lição em Samuel? Mas o segredo é um só: Obedecer. Ele podia estar todo errado, mas quem era o homem de Deus? No entanto, parece-nos que Samuel estava testando Saul, se ele passasse no teste seu reino seria firmado para sempre. (ISm 13:13) A obediência é uma qualidade primordial na vida de todo grande homem de Deus, se humilhar-se Deus o exaltará e se  exaltar-se, não precisa sofrer perseguição ou afronta, o próprio Deus o abaterá. A obediência é, também, uma prova de abnegação, é entregar o controle, abrir mão da vontade própria e confiar. Com toda humildade, confiar. O que Samuel lhe disse? tu rejeitastes a palavra do Senhor (mas, como assim palavra do Senhor se quem marcou a hora foi Samuel? A resposta é: Samuel era o homem de Deus, era a autoridade, o representante do Senhor naquele momento e tinha recebido de Deus orientações para a guerra), ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei. Repito: Ele não foi escolhido por causa do seu potencial e sim pelo temor a Deus e pela humildade, foi isso o que fez dele um rei, se estivesse se esnobando nunca teria governado na vida. Se não consegue obedecer ao homem de Deus também não pode obedecer ao Deus do Homem. E se não consegue confiar no comando do homem de Deus como o Senhor poderá confiar no seu comando. Sem instrução de Deus somos loucos, Deus não pode confiar em loucos. Em seguida Saul reconheceu o seu pecado e disse a Samuel: Pequei, porquanto tenho traspassado o dito do Senhor e as tuas palavras, mas não adiantava mais. Isso acontece muito: pecamos? Então somos perdoados, mais dependendo do caso não podemos mais reclamar confiança. Muitos diáconos, presbíteros, pastores e bispos estão nessa condição. É uma pena mais não podem protestar o seu direito e estão protestando, reclamando uma posição, querendo a todo custo sem ao menos clamar ao Senhor, somente buscando a resposta humana de igreja em igreja. Saul havia dado ouvido a rebeldes e isso declarou com sua própria boca quando disse: por que temi o povo e dei ouvidos à sua voz.  A sua justificativa era boa, mas não estava fundamentada na humildade e sim na sua altivez e Deus resisti aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Tg 4.6) . Saul implorou: Agora, pois, te rogo, perdoa-me o meu pecado e volta comigo, para que adore ao Senhor. Porém, Samuel disse a Saul: Não tornarei contigo (os seus planos eram bons: adorar ao Senhor. E, ele podia adorar ao Senhor, só não mais como um rei. Tudo que Saul tinha para oferecer Deus já tinha o que ele precisava era somente da obediência de Saul. Como ele não quis Deus buscou em outro: Davi.
    Saul era um bom combatente, um rei qualificado, mas não suportou esperar o momento em que o homem de Deus desse a autorização e, quero lembrar, Samuel havia se atrasado, Saul estava com toda razão na pontualidade, mas não na autorização. Ele foi orgulhoso e por isso desobediente. Foi o suficiente para perder a autoridade, as regalias e a unção. Se quisermos ser um “rei”, o caminho ainda é o mesmo: A OBEDIÊNCIA E O TEMOR.
    Até Quando ou ainda até que Ponto Deve-se Obedecer a Deus e ao Homem de Deus
    Tenho visto muitas pessoas dizendo que não obedecem aos seus lideres por que o seu compromisso não é com homem e, sim com Deus, pois não foram feitos para agradar a homens e sim a Deus. No entanto, percebo que essas pessoas se submetem aos seus patrões, se são mulheres se submetem aos seus maridos, muitas vezes até como marido, se submetem as suas mulheres e como pais se submetem aos seus filhos rebeldes ou, ainda, aos seus próprios caprichos, seus raciocínios, enfim a suas próprias vontades. Acho uma grande hipocrisia, por que todos nós nos submetemos a várias pessoas sempre, voluntariamente ou involuntariamente.  É também falta de instrução, por que somos advertidos pela Bíblia a honrar os nossos lideres e a se submeter a eles, seja patrão, pastor ou quem quer que seja. O desafio das escrituras é  agradar e servir não somente quando estão olhando, só para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus (perceba que neste contexto a vontade de Deus se confunde com a vontade do homem, do líder). Servi de boa vontade como ao Senhor, e não como a homens, sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja escravo, seja livre. (Ef 6:6-8) Claro que isso não significa dizer que temos que ser escravos daquelas pessoas por toda vida, mas que enquanto elas forem nossos senhores devemos obedecer com integridade. O apóstolo Paulo escreve aos romanos dizendo: Foste chamado sendo escravo? não te dê cuidado; mas se ainda podes tornar-te livre, aproveita a oportunidade (Rm 7.3). Em alguns casos se aplica.
    Jesus humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz. (Fl 2.8)
    Neste texto temos algumas afirmações a fazer:
    ·           O personagem que se obrigara a submeter-se neste texto não era um mero homem, falho como nós todos, ou um profeta, era o próprio Deus que se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.1,14), aquele diante de quem todo joelho se dobrará (Lc 1:31-33; Fl 2.10,11). Jesus não somente era perfeito (Hb 7.28), santo (At 3.14), imperecedouro, supremo e justo, ele era a maior autoridade entre todos os seres existentes de todos os mundos e reinos. Era o melhor líder, o melhor conselheiro, o melhor intercessor, o melhor evangelista, o melhor pastor, o melhor profeta, o melhor mestre, o melhor servo, o melhor filho: Jesus tem todo poder (Mt 28.18) – não precisa do poder de ninguém, todo poder que existe emana do seu próprio poder e todo poder existente se delimita diante do seu próprio poder; Jesus tem toda autoridade (Fl 2.9-11) – não precisa ser respaldado pela autoridade de ninguém, se não do próprio Pai – toda autoridade está sujeita a sua própria autoridade e toda autoridade existente se desfaz diante da sua autoridade; Jesus tem toda perfeição (Hb 7.26) – ninguém é perfeito como o Senhor é, ninguém pode corrigi-lo ou repreendê-lo, e se a liderança, reverência e submissão deve ser dada ao melhor e ao maior: Ele é o melhor e o maior (Mt 12.6; Mc 11.31,32; Jo 4.12-14; Jo 1.3) não se batizou por que tinha pecados, se batizou por que convinha cumprir a lei (Mt 3.15). Porém, ele se submeteu: Quando João Batista pregava e batizava no Jordão anunciava a vinda do messias e dizia ser ele a voz do que clama no deserto: endireitai o caminho do Senhor (Mt 3.3), João Batista esperava ansiosamente a vinda do Filho de Deus e afirmava que ele não era digno nem de, abaixando-se, humilhando-se, desatar as sandálias dos seus pés (Lc 3.16). Nunca passara pela cabeça de João Batista batizar Jesus um dia, quando de repente apareceu aquele que ele não era digno nem de se abaixar e desatar as sandálias, e pediu para ser batizado por ele. João, como todo servo humilde, resistiu dizendo: eu careço ser batizado por ti, e vens tu a mim? Pelo que Jesus lhe respondeu: é necessário que se cumpra toda a justiça de Deus (Mt 3.14). Em outras palavras: João, eu seria injusto com Deus se não me submetesse a ti, não cumprido o mandamento do Senhor. Quantas pessoas hoje estão dizendo: eu jamais obedecerei a esse(a) analfabeto(a), esse(a) lesado(a), esse(a) velho (a), ou, ainda, esse(a) moleque(a), eu sou melhor do que ele(a)! E, no seu melhor, se tornaram pior do que os incrédulos.
    ·           Ele humilhou-se. Ele entregou-se. Ele se desfez. Jesus, como vimos, é superior, nenhuma força ou autoridade o obrigou a isso, ele se deu, voluntariamente. Foi uma iniciativa dele. Cristo entregou-se à vontade dos lobos. Estamos hoje repletos de pessoas que não só não se submetem como resistem as suas lideranças até as últimas conseqüências. Você é uma delas?
    ·           Jesus humilhou-se até a morte. Noutras palavras ele humilhou-se durante toda sua vida. Seu lema era: Enquanto vida tiver obediente serei.
    ·           Jesus foi obediente até a morte de cruz. Ou seja, Jesus não foi obediente sem pagar um preço, a sua obediência lhe levou a sua própria morte, ele morreu para satisfazer a vontade dos outros e, a sua morte foi a mais humilhante e cruel que se possa imaginar. Também, ele não se humilhou para ser exaltado, ele se humilhou para agradar a Deus, pelo que Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Cristo Jesus é o Senhor, para a glória de Deus Pai (Fl 2.9-11). A sua morte estava estreitamente ligada a sua obediência. Ele não foi obediente até que um dia já velho a morte o levou, ele poderia ter continuado a sua vida na terra se não tivesse obedecido, ele obedeceu sabendo que a sua obediência o levaria a morte, e morte de cruz (sinônimo sofrimento, de dor, humilhação e além disso, retaliação, oportunismo, autoritarismo, abuso de poder dos seus hipócritas acusadores). Vemos hoje as pessoas resistindo as suas lideranças somente pelo fato de seus interesses pessoais não poderem ser contemplados totalmente, pelos seus lideres e, ainda dizendo: Não sou cavalo do diabo para ninguém se aproveitar de mim, se a obediência levar ao lucro, e as vantagens forem boas andamos juntos, se não, já tem ali outro(a) de olho em mim. Outros dizem: o diabo levantou-se contra mim querendo me humilhar, mas está repreendido satanás, eu não levo desaforo para casa, tu estás debaixo dos meus pés! Que tipo de servo de Deus é esse?! Eu acredito que tem muita gente enganada no nosso meio, que ao invés de serem dirigidas pelo Espírito do Senhor estão sendo usadas pelo diabo para confundir e escandalizar a obra do Senhor (um espírito de engano).
    POR QUE UM DESOBEDIENTE NÃO PODE LIDERAR OU MERECER CONFIANÇA EM CARGO DE SIGNIFICATIVA IMPORTÂNCIA?
    ·                Por que um desobediente não é merecedor de confiança, ele é traidor e traiçoeiro;
    ·           Por que a desobediência é amiga da loucura, e não podemos confiar a obra do Senhor nas mãos de um louco;
    ·           Por que a desobediência não provém de Deus, e se quem o manobra não é Deus então quem quer, como cooperador, um missionário do diabo?
    ·           Por que do desobediente se espera: Altivez, arrogância, orgulho, soberba, presunção, chocarrice, ignorância, brutalidade, desacato, sagacidade, estupidez, indelicadeza, grosseria, descortesia, altruísmo, inclemência, intolerância, absolutismo, extremismo, intransigência, anarquia, indisciplina, confusão, contenciosidade, divisão... 
    3.        Bem dizendo
    Tiro o chapéu para alguém que não fale mal dos homens de Deus. Há um fogo cruzado hoje. As pessoas passam horas e horas a fio só detalhando as deficiências dos outros: Seja nos grupinhos, com pretexto de unidade, seja na internet, com pretexto de liberdade de expressão. Virtudes?! Parece que os criticados não têm, só abordam assuntos que os levem ao chão, assuntos contraproducentes. Acho que se os homens de Deus quisessem ganhar muito dinheiro bastariam requerer seus direitos na justiça denunciando as calúnias, afrontas, ameaças, falsos testemunhos, afinal, tudo aquilo que denigre o seu nome e que deturpa a sua imagem. Por que por melhores que sejam, quanto mais virtudes tiverem mais criticados serão, nisso vale o ditado: “não se atira pedra em árvore que não dá fruto”, porém, não é uma questão de querer proteger a boa fama que a igreja tem, é uma questão até de princípio, de caráter, de espiritualidade, de evangelização, de sanidade, de vida ou morte e, acima de tudo, uma questão de identidade e de salvação:
    ·           De princípio por que qualquer que sair criticando, falando mal de um homem de Deus sofrerá devido dano pela injustiça cometida (Mt 7.2; Mt 12.36), Deus cuida dos seus servos e pleiteia às suas causas e, embora misericordioso, é também vingativo;
    ·           De caráter e sanidade por que qualquer pessoa justa, íntegra, reta, amadurecida, irrepreensível, zelosa, coerente e aprovada não irá denegrir a imagem de ninguém visto ser uma imundície diante do seu próprio comportamento, consciência e sanidade (ISm 24.13).
    ·           De identidade e de espiritualidade por que todos nós somos conhecedores de que os frutos do Espírito nos levam a um caminho totalmente diferente dessa trilha carnal e diabólica. O que aprendemos é que o fruto do Espírito é o amor e o amor é sofredor, benigno, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade,  tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Por isso que em Gálatas está escrito: “Por que as obras da carne são manifestas, as quais são: ... inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões... invejas... ” (Gl 516-26;ICo 13). Pode a fonte jorrar do mesmo manancial água doce e água amargosa (Tg 3.11)?
    ·           De evangelização por que nunca ninguém foi salvo como resultado de uma contenda e se for e um convertido adoentado, pelo contrário, as contendas, divisões, criticas e falatórios sempre levaram ao escândalo e a dispersão. Quem fala bem atrai. Como poderei conduzir alguém por um caminho que não aprovo? Como posso apresentar alguém a quem não suporto?
    ·           De vida ou morte por que muitas vezes o preço é caríssimo, quantas pessoas morreram por causa de uma palavra tola? (Pv 15.1,2; Pv 26.27,28; )
    ·           E, de salvação, por que embora não sejamos salvos pelas obras, reconhecemos que um homem salvo exercita boas obras (Mt 3.8).
    Talvez depois de todas estas informações alguém caia na loucura de achar que é um exagero a explicação, uma opinião equivocada. Vejamos então a opinião de alguns personagens centrais das escrituras: 
    Digamos que você é um conterrâneo do sábio Salomão e pleiteando alguma causa você tem denigre o seu irmão, de repete ele interrompe dizendo: Sem lenha o fogo se apaga; não havendo mexeriqueiro, cessa a contenda. (Pv 26.20)
    Ou então, digamos que você chamou uns três irmãos, fofoqueiros iguais a você, e foi à casa do apóstolo Tiago, digamos que estão agora sentados debaixo de uma árvore, curtindo aquela sombra fresca falando mal dos outros. Terminou o mexerico.  O que o apóstolo responde?
    Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da Lei, e julga a Lei. Ora, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz. Há um só legislador e um juiz, aquele que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és que julgas ao próximo? (Tg 4.11,12)
    Digamos que, insatisfeito, você sai da casa do apóstolo Tiago, falando mal dos irmãos e, agora do próprio Tiago, e vai à casa do apóstolo Paulo. O que o apóstolo te responderia?
    Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós, sábios em Cristo; Nós, fracos, mas vós sois fortes! Vós sois ilustres, nós desprezíveis. Até esta presente hora sofremos fome, sede, e nudez; recebemos bofetadas, e não temos pousada certa. Afadigamo-nos, trabalhando com nossas próprias mãos. Quando somos injuriados bendizemos; quando somos perseguidos, sofremos; quando somos difamados, consolamos. Até ao presente, temos chegado a ser como lixo deste mundo, e como escória de todos. Não escrevo estas coisas para vos envergonhar, mas admoesto-vos como a meus filhos amados. (ICo 4.10-12-14)
    Não vos enganeis. As más companhias (conversações) corrompem os bons costumes. (ICo 15.33) 
    E Jesus? O que nos ensina a respeito deste assunto?
     Mas a vós, que me ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos aborrecem, bendizei os que vos maldizem e orai pelos que vos caluniam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; Ao que tirar a tua capa, deixe que leve também a túnica. Dá ao que te pedir, e ao que tomar o que é teu, não o peças de volta. Como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira faze-lhes vós também.  Se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aos que os amam. Se fizerdes o bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Até os pecadores fazem o mesmo. Sede misericordiosos, assim como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis, e não sereis julgados. Não condeneis, e não sereis condenados. Perdoai, e perdoar-vos-ão. (Lc 6.27-33, 36,37)
    Concluindo: Qual a justiça de Deus dentro do que acabamos de afirmar?
    Miriã e Arão falaram contra Moisés por causa da Mulher etíope que este tomara, pois ele havia desposado uma mulher etíope. Diziam: Porventura falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu. Ora, Moisés era homem muito manso, mais do que todos os homens que havia na terra. Logo o Senhor disse a Moisés, a Arão, e a Miriã: Vós três saí à tenda da congregação. E saíram eles três. Então o Senhor desceu numa coluna de nuvens, pôs-se à entrada da tenda, e chamou a Arão e a Miriã. Quando ambos se apresentaram, ele disse: Ouvi agora as minhas palavras: Se entre vós há profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele. Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, às claras, e não por figuras; ele contempla a semelhança do Senhor. Por que, pois, não temeste falar contra o meu servo, contra Moisés? A ira do Senhor se acendeu contra eles, e ele se retirou. Quando a nuvem se afastou de sobre a tenda, Miriã se achou leprosa, branca como a neve. Voltando-se para Miriã, Arão viu que estava leprosa. Então disse Arão a Moisés: Ah! Senhor meu! Não ponhas sobre nós este pecado, que loucamente cometemos. Não seja ela como um morto, que saindo do ventre de sua mãe, tenha metade da sua carne já consumida. Moisés clamou ao Senhor: Ó Deus, rogo-te que a cures. O Senhor respondeu a Moisés: Se seu pai lhe cuspisse no rosto, não ficaria envergonhada durante sete dias? Seja Miriã fechada sete dias fora do acampamento, e depois, será recolhida. Assim, Miriã esteve fechada fora do acampamento durante sete dias, e o povo não partiu enquanto ela não foi novamente recolhida. Depois disso o povo partiu... (Nm 12: 1-16).
    Perceba que Miriã, com inveja de Moisés, procurou um pretexto para acusá-lo, fingindo que estava querendo ajudar o povo espalhou um falso testemunho, uma fofoca, criticando e denegrindo Moisés entre todo o povo e, na sua atitude tola impediu o povo de continuar andando, marchando, prosperando no seu caminho. O povo parou, totalmente, e o homem de Deus foi ferido. Assim são muitos hoje, por se meterem onde não lhe cabem, estão impedindo outros de prosperarem no seu caminho, e ferindo os homens de Deus, mas como Deus é justo, os seus homens e mulheres estão sendo exaltados sem buscar glória e os intrusos estão sendo envergonhados nas suas obras más sem necessidade de vingança, veja que Moisés não vingou nada, pelo contrário, teve pena, misericórdia e clamou por ela, mas enquanto Moisés clamava disse o Senhor a Moisés: Se seu pai cuspira em seu rosto, não seria envergonhada sete dias? Ou seja: Com todo orgulho de Miriã a única coisa que ela recebeu de recompensa do Senhor foi uma cuspida na cara, dada pelo próprio Deus e, esse cuspe não era motivo de orgulho e sim de grande vergonha.
    Meu querido, cuidado com as suas ações! Vigiai e orai para não cairdes em, tão grande e tão costumeira, tentação. Onde há união o Senhor ordena a benção e a vida para sempre. (Sl 133)  
    4.        Compreendendo e se solidarizando
    Lamentavelmente, mesmo tentando fazer tudo direito, sempre seremos incompreendidos, por várias razões: Cada cabeça é um mundo, e cada mundo é um composto de sistemas infinitos. Todo mundo pensa diferente, conclui diferente, comporta-se diferentemente e, não tem como não haver mal entendidos. Por melhores que sejam as nossas atitudes e conclusões, sempre haverá alguém que discorde e, às vezes até por fazer melhor, além disso, não temos tempo, nem costume, de estar nos explicando para todas as pessoas. Por isso é que somos convidados a fazer a vontade do Senhor acima de todas as coisas e, no que depender de nós, termos paz com todos (Rm 12.18). Embora sejam muitas as razões que nos dividam, devemos admitir que a que nos une é maior: A fé em Cristo e, detalhando: a obra missionária, o progresso da evangelização, o amadurecimento da cordialidade entre os irmãos. Sabemos que o nosso objetivo maior é agradar a Deus e, na nossa vida, tudo gira em torno disso.
    Então devemos largar todo embaraço (Hb 12:1), fazer a obra do Senhor e pedir a Ele que nos rodeie de pessoas amadurecidas e que também amadureça aqueles que estão a nossa volta para que possamos contar com uma irmandade forte e solidária, que nos compreenda e que, como diz o apóstolo Paulo, não desconfie de nós, a não ser num caso realmente justo, e nos seja como verdadeiros irmãos que, embora tome conhecimento de uma grande falha nossa, saiba ser um braço amigo e não um acusador. Vivemos hoje assustados, porque temos uma nuvem de testemunhas, ou melhor, um covil de raposas, que ficam só esperando o momento do tropeço para nos atacar (Mt 22.15). Que o mundo nos ataque não é de se surpreender, mas de irmãos e amigos esperamos compreensão e inclusão, hoje tudo é motivo de exclusão: afastamo-nos das pessoas por questões míninas, por qualquer pretexto estamos excluindo as pessoas da nossa amizade, da nossa turma, da nossa igreja, da nossa liderança e até do reino de Deus, como se fossemos dono dele.
    A compreensão é algo que só encontramos em pessoas realmente cristãs, espirituais, amadurecidas e humildes, é por isso que quase sempre não encontramos quem nos compreenda. Qual é o nosso propósito aqui? Dividir a dor. Queremos lhe convidar a ser um braço amigo. Ore a Deus, peça a direção do Senhor e, haja com humildade, amor e muita espiritualidade, pois nosso relatório não é muito empolgante. Temos hoje um numero bastante pequeno de homens de Deus na seara. Desses poucos que vieram para a seara, muitos já voltaram decepcionados, alguns caíram em tentação e outros continuam, mas bastante desanimados. Há também aqueles que estão abundantemente empolgados, mas tendo muito pouco para oferecer ou sem recursos, sem apoio. Diante dessa estatística deveríamos chorar e não zombar, orar e não criticar, temos que contar com uma equipe de irmãos orando (Mt 9:37,38) exclusivamente e com toda perseverança pelos homens de Deus. Uma equipe que desse uma palavra de ânimo e, que se oferecesse para ajudar na obra e na vida do homem de Deus. Muitas vezes o homem de Deus precisa de um ombro amigo para chorar. Alguém que tenha maturidade para compreendê-lo, que possa, de fato, ser um confidente, um verdadeiro irmão. Não mais um inimigo, um peso contrário ou uma força antagônica. Todos, independentes do credo, devem ser compreensivos, complacentes e tolerantes com o homem de Deus, mas principalmente os servos de Deus por que deles se espera coisa melhor, coisas que acompanhem a salvação (HB 6.9). Não querendo com isso dizer que devemos compactuar com os seus erros (ISm 2.27-36).
    5.        Cooperando e facilitando
    Cooperar e facilitar são duas funções interligadas, pois, quem coopera facilita e quem facilita coopera. Vemos muitas pessoas desestimulando e criticando, mas não vemos muita gente cooperando e agindo. A comunidade apostólica aprendeu a trabalhar em conjunto, percebemos isso claramente quando estudamos a vida de alguns apóstolos, a igreja primitiva, por sua vez, fervia, mas não em contenda, perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo a necessidade de cada um. Perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça do povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que iam sendo salvos. (At 2:42- 47)
    Cooperação, interatividade, união. Onde há a união o Senhor ordena a benção. E, união não é se reunir para orar, para meditar, para cultuar..., não somente. Há uma diferença entre se reunir para algo e viver unido. Viver unido é estar interligado em mente e espírito, o apoio físico, moral é apenas uma evidência da verdadeira união. A verdadeira união nos faz estar juntos na hora da peleja e da bonança, quem está unido no amor de Cristo haverá de estar também na labuta diária, na ora do sofrimento e da dor.
    Como vemos a igreja primitiva era uma igreja verdadeiramente unida, por isso vemos os irmãos orando juntos, repartindo os bens e, de casa em casa, dividindo o pão. Nessa igreja todo mundo cooperava, fosse orando, dividindo o pão, fazendo milagres, carregando os doentes, servindo as mesas, perseverando na doutrina dos apóstolos, vendendo os seus patrimônios e ajudando os menos favorecidos, ninguém ficava parado. E qual era o resultado disso? Ninguém tinha necessidade alguma, em cada alma temor, muitos sinais e maravilhas eram feitos pelos apóstolos e, a cada dia o Senhor ia acrescentando os que iam sendo salvos e a igreja caia na graça povo. 
    Quero dedicar este parágrafo a uma verdade especial: Quem coopera com os homens de Deus não ficará desamparado de recompensa, pois o nosso trabalho no Senhor não é em vão (ICo 15.58), cada um de nós receberá do Senhor todo o  bem que fizer (Ef 6.8) e, por outro lado, aquele, pois,  que sabe o bem que deve fazer e não o faz, comete pecado. (Tg 4.17) O que Jesus disse a esse respeito? Quem vos recebe, a mim me recebe, e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. Quem recebe um profeta na qualidade de profeta, receberá galardão de profeta, e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá galardão de justo. E quem der a beber ainda que seja um copo d’água fria a um destes pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão. (Mt 10:40-42)
    Jesus mesmo estava rodeado de cooperadores: seus discípulos, seus pais , seus irmãos e um grupo de mulheres que o servia com os seus bens (Lc 8.1-3). Ninguém trabalha sozinho (Ec 4.9). Quem era Jesus? O mestre, o Filho de Deus, altamente capacitado por Deus e detentor de dons, talentos e virtudes, suficiente para tocar o ministério à frente sozinho. Mas Jesus se limitou aos parâmetros humanos e como homem precisou de cooperação para fazer as coisas acontecerem, o que dizer de um mero homem de Deus, limitado por todos os lados! Quando a nossa igreja aprender a cooperar e facilitar teremos um progresso tão grande que nem podemos imaginar. Qual é a dificuldade hoje? Tínhamos uma igreja ativa e participativa (At 1) até que o Império Romano entregou a igreja nas mãos dos imperadores e dos papas, enfim, do clero. O povo só tinha direito de assistir as reuniões, oferecer o seu dinheiro e, em caso de opinião contrária, calar para não correr o risco de ser excomungado. Os leigos da igreja romana aprenderam a engolir tudo sem questionar nada e a assistir aos rituais, ou seja, aprenderam a ser passivos, inativos e, quando vocacionados a fazer, trabalhar, agir, fizeram sacrifícios de tolo, afinal de contas isso foi o que aprenderam a fazer. No que isso nos influenciou? O nosso povo aprendeu a deixar nas mãos dos sacerdotes todos os problemas relacionados à igreja, percebemos isso claramente, não vemos ao menos uma pessoa, que não seja representante de uma religião, evangelizando, realizando um culto, defendendo a fé apostólica e a moralidade e, quando aparece é de maneira errada.
    A igreja evangélica hoje cresce bastante, vemos preletores e locutores, espíritas, padres, bruxos, prostitutas, grandes empresários, atores e cantores famosos, grandes ativistas e expoentes político-sociais se convertendo. Conhecemos pessoas que pensávamos que se aquela pessoa se convertesse seria um grande cooperador da obra do Senhor, e, quando ele se converte, ficamos decepcionados. Se for promovido a obreiro, cantor ou pastor, ainda vemos alguma coisa, mesmo que seja por interesse pessoal, e se não, às vezes até denigrem, escandalizam e difamam a obra do Senhor.
    Os nossos irmãos hoje desejam um pastor, ou uma igreja, que supra todas as suas necessidades, que evangelize por eles, que visite o povo por eles, que ore por eles, que conserve a igreja por eles, que ofereça ao visitante conforto, amizade e socorro no lugar deles, e que anime a igreja com boas mensagens e hinos maravilhosos. E o que eles querem?  Sentar numa poltrona, regaladamente e ficar julgando se gostaram ou não do culto ou da igreja, assistindo ao culto como se fosse uma partida de futebol e ficar criticando ou alimentando o ego do pastor. Se algo der errado é o pastor que não sabe trabalhar, a culpa é dele; é a igreja que não é boa. E, se der certo continua bufando na poltrona, esperando o momento de falha para criticar. Isso não é conversão, isso é profanação. Há três afirmações à fazer: Jesus disse: A minha casa será chamada casa de oração (MT 21.13); cada um receberá do Senhor todo bem que fizer (Ef 6.8); vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão. (2Co 6.1b)
    Na verdade são poucos os cooperadores, mas embora poucos, são de grande importância e dignos de honra, memória e menção (Hb 11.1-4). O apóstolo Paulo escreveu: Tíquico, irmão amado, fiel ministro e conservo no Senhor, de tudo vos informará. Eu o envio a vós para o mesmo fim, para que saibais o nosso estado e ele console os vossos corações, juntamente com Onésimo, amado e fiel irmão, que é um de vós. Eles vos farão saber tudo o que aqui se passa. Aristarco, que está preso comigo, vos saúda, como também Marcos, o sobrinho de Barnabé, acerca dele já recebeste instruções; se ele for ter convosco, recebei-o. Jesus, conhecido por Justo, também vos saúda. Estes são os únicos da circuncisão que cooperam comigo pelo reino de Deus, tem sido para mim consolação (Cl 4.7-11) E, ainda: Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, fazendo sempre, em todas as minhas orações, súplicas por todos vós com alegria pela vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora, tendo por certo isso mesmo, que aquele que em vós começou a boa a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo. Tenho por justo pensar isso de vós, por que vos retenho em meu coração, pois todos vós fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como na minha defesa e confirmação do evangelho. Deus me é testemunha das saudades que tenho de todos vós, na terna misericórdia de Cristo Jesus. E esta é a minha oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda percepção, para que possais discernir as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e inculpáveis até ao dia de Cristo, cheios do fruto de justiça, o qual vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus. (Fl 1:3-11)  

    6.        Se solidarizando
    Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desamparam. Que isso não lhes seja imputado (2Tm 4.16).
    Esta é uma das frases mais tristes que encontro na Bíblia, o apóstolo não trabalhava com meninos, nem com pouca gente, trabalhava com muita gente e gente adulta. Também não era gente bruta, todos eram crentes. Estranho, se o povo não podia acompanhá-lo por que ele narrou assim? Seria mais justo dizer ninguém pôde me assistir na minha defesa, e se o povo podia por que não foi, afinal de contas, era o apóstolo Paulo? Aquele que tinha oferecido a sua vida pela obra do Senhor e bem estar daqueles que o desampararam! Você não acha isso estranho e feio? Será se não fazemos o mesmo? 
    7.        Zelando, observando
    Lembro-me de uma irmã que conheci. O pastor da sua igreja estava sofrendo com dificuldade de se alimentar e desnutrição e ela começou a fazer uma vitamina e alimentá-lo todas as tardes, ele começou a melhorar a sua saúde e até as suas pregações melhoraram. Está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão (Mt 26.31). Veja que o que atinge o líder, seja espiritualmente ou fisicamente, como no caso de Jesus, reflete diretamente na igreja. Por isso são alvos maiores. A igreja precisa e deve zelar do homem e da mulher de Deus. E, este zelo às vezes acontece através da observação, não digo observar para condenar, mas para corrigir, para ajudar, para ajustar, para ponderar.
    8.        Animando
    Estou procurando um homem ou mulher de Deus que nunca desanime que nunca se entristeça. Por maior que sejam os nossos planos, por mais presente que seja o nosso povo, por mais preparado que sejamos sempre haverá aqueles momentos em que estaremos desanimados e desacreditados, afinal de contas, também somos humanos e os verdadeiros servos de Cristo deverão, nessa hora, se compadecer e oferecer um ombro amigo e uma palavra animadora, otimista. (IRs caps 18,19)
    9.        Agradecendo
    O que gera gratidão?
    Reconhecimento. O reconhecimento é o resultado de compreensão:
    Em primeiro lugar, compreensão de que aquele homem de Deus não tinha nenhuma obrigação, humanamente falando, de abrir mãos das suas causas, deixar de lado seus problemas e deveres e comprar a briga dos outros, tomar as dores que não lhe pertencia e solucionar problemas alheios.
    Em segundo lugar, compreensão de que em muitos os favorecidos não eram merecedores da solução. Algumas vezes elas plantaram sementes malignas que lhe trouxeram os frutos devidos, e no colher dos devidos frutos o homem e mulher de Deus tiveram compaixão daquelas pessoas e ajudaram elas a levarem as suas cargas: É a mulher que é traída pelo seu marido, por não lhe ter sido prestativa, e agora apela pelo apoio do homem de Deus para que ele aconselhe o seu esposo à voltar para casa; a moça que desobedeceu a seus pais namorando um rapaz, sem o apoio dos seus pais, que a expulsou para fora de casa e desprezada pelo namorado, roga ao homem de Deus para que ele a receba em sua casa, visto que seus pais a desprezaram, até que mude o humor dos seus pais; é a mãe que tem um filho rebelde, envolvido com drogas e, desesperadamente, reclama do homem de Deus ou mulher de Deus para que eles aconselhem seu filho, orem por ele, impondo as mãos, como já aconteceu conosco, e enquanto isso o seu filho rebelde zomba do homem e mulher de Deus. Enfim, falta espaço para comentar.        
    Por que é importante agradecer?
    Em primeiro lugar, é importante para a própria pessoa que agradece. Há uma paz de Deus liberada sobre a pessoa que agradece, um sentimento de satisfação, uma sensação de alivio para a consciência. Além disso, a pessoa que agradece, deixa as portas abertas para a oportunidade de retribuir o favor e de solicitar novamente se precisar.
    Em segundo lugar, é importante para o homem de Deus, quando ele trabalha com pessoas gratas trabalha voluntariamente, dando o melhor de si e quando alguém o agradece ele se sente retribuído e se sente útil, entende que o seu trabalho não foi em vão. Além do mais, sabendo o quanto foi importante o seu papel fará com mais consciência e freqüência, como também, saberá que quando precisar terá com quem contar. Muitas vezes a pessoa interioriza a sua gratidão e justifica dizendo: Deus sabe não é preciso dizer a ninguém, mas se fosse uma revolta, contaria para todas as pessoas a sua volta.
    O que a gratidão motiva?
                A gratidão é algo que não pode ficar oculto dentro do coração deve ser exteriorizado:
                Antes de tudo a gratidão motiva o favorecido a agradecer verbalmente e publicamente, por que se o homem ou mulher de Deus o honrou nada mais justo do que honrá-lo(a) também. Se ele(a) tivesse ofendido certamente o seu nome estaria nas primeiras páginas de jornais da cidade, então por que não fazer o contrário. Mas não é somente isso recompensá-lo(a), retribuí-lo(a), de alguma forma, é um dever (ITs 5.15; ISm 24.17; ITm 5.4; ICo 3.8;Gl 6.6), um convite para sair juntos para almoçar, um presente como oferta de gratidão e, ainda, dispor-se a ajudá-los quando eles precisarem. A verdadeira gratidão gera tudo isso.
    Quais exemplos na Bíblia servem para demonstrar a importância de sermos gratos?
    O exemplo de Naamã quando foi curado, sendo ele um homem ímpio:
                 Então voltou Naamã ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva. Veio, pôs-se diante dele, e disse: Agora conheço que em toda a terra não há Deus senão em Israel. Agora peço-te que aceites um presente do teu servo (II Reis 5:15).          
    O exemplo de um dos dez leprosos sendo samaritano:
                 E aconteceu que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galiléia; E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe; E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós. E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos.     E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz; E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano.  E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove?
     Não houve quem voltasse para dar glória (voltar para dar glória a Deus confunde-se com agradecer a Deus e ao homem de Deus) a Deus senão este estrangeiro?
    E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou. (Lc 17.11-19)

    O exemplo de Nabal e Abigail:
    E ouviu Davi no deserto que Nabal tosquiava as suas ovelhas, e enviou Davi dez moços, e disse aos moços: Subi ao Carmelo, e, indo a Nabal, perguntai-lhe, em meu nome, como está. E assim direis àquele próspero: Paz tenhas, e que a tua casa tenha paz, e tudo o que tens tenha paz! Agora, pois, tenho ouvido que tens tosquiadores. Ora, os pastores que tens estiveram conosco; agravo nenhum lhes fizemos, nem coisa alguma lhes faltou todos os dias que estiveram no Carmelo. Pergunta-o aos teus moços, e eles to dirão. Estes moços, pois, achem graça em teus olhos, porque viemos em boa ocasião. Dá, pois, a teus servos e a Davi, teu filho, o que achares à mão.
    Chegando, pois, os moços de Davi, e falando a Nabal todas aquelas palavras em nome de Davi, se calaram. E Nabal respondeu aos criados de Davi, e disse: Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? Muitos servos há hoje, que fogem ao seu senhor. Tomaria eu, pois, o meu pão, e a minha água, e a carne das minhas reses que degolei para os meus tosquiadores, e o daria a homens que eu não sei donde vêm?
    Então os moços de Davi puseram-se a caminho e voltaram, e chegando, lhe anunciaram tudo conforme a todas estas palavras. Por isso disse Davi aos seus homens: Cada um cinja a sua espada. E cada um cingiu a sua espada, e cingiu também Davi a sua; e subiram após Davi uns quatrocentos homens, e duzentos ficaram com a bagagem. E disse Davi: Na verdade que em vão tenho guardado tudo quanto este tem no deserto, e nada lhe faltou de tudo quanto tem, e ele me pagou mal por bem. Assim faça Deus aos inimigos de Davi, e outro tanto, se eu deixar até amanhã de tudo o que tem, até mesmo um menino. Vendo, pois, Abigail a Davi, apressou-se, e desceu do jumento, e prostrou-se sobre o seu rosto diante de Davi, e se inclinou à terra. E lançou-se a seus pés, e disse: Ah, senhor meu, minha seja a transgressão; deixa, pois, falar a tua serva aos teus ouvidos, e ouve as palavras da tua serva.
     Meu senhor, agora não faça este homem vil, a saber, Nabal, impressão no seu coração, porque tal é ele qual é o seu nome. Nabal é o seu nome, e a loucura está com ele, e eu, tua serva, não vi os moços de meu senhor, que enviaste. E agora este é o presente que trouxe a tua serva a meu senhor; seja dado aos moços que seguem ao meu senhor.  Perdoa, pois, à tua serva esta transgressão, porque certamente fará o SENHOR casa firme a meu senhor, porque meu senhor guerreia as guerras do SENHOR, e não se tem achado mal em ti por todos os teus dias, e, levantando-se algum homem para te perseguir, e para procurar a tua morte, contudo a vida de meu senhor será atada no feixe dos que vivem com o SENHOR teu Deus; porém a vida de teus inimigos ele arrojará ao longe, como do meio do côncavo de uma funda. 
    Então Davi disse a Abigail: Bendito o SENHOR Deus de Israel, que hoje te enviou ao meu encontro. E bendito o teu conselho, e bendita tu, que hoje me impediste de derramar sangue, e de vingar-me pela minha própria mão. Porque, na verdade, vive o SENHOR Deus de Israel, que me impediu de que te fizesse mal, que se tu não te apressaras, e não me vieras ao encontro, não ficaria a Nabal até a luz da manhã nem mesmo um menino. 
    Vindo Abigail a Nabal, eis que tinha em sua casa um banquete, como banquete de rei; e o coração de Nabal estava alegre nele, e ele já muito embriagado, pelo que ela não lhe deu a entender coisa alguma, pequena nem grande, até à luz da manhã.
    Sucedeu, pois, que pela manhã, estando Nabal já livre do vinho, sua mulher lhe deu a entender aquelas coisas; e se amorteceu o seu coração, e ficou ele como pedra. E aconteceu que, passados quase dez dias, feriu o SENHOR a Nabal, e este morreu. E, ouvindo Davi que Nabal morrera, disse: Bendito seja o SENHOR, que julgou a causa de minha afronta recebida da mão de Nabal, e deteve a seu servo do mal, fazendo o SENHOR tornar o mal de Nabal sobre a sua cabeça. E mandou Davi falar a Abigail, para tomá-la por sua mulher.
     Vindo, pois, os criados de Davi a Abigail, no Carmelo, lhe falaram, dizendo: Davi nos tem mandado a ti, para te tomar por sua mulher. Então ela se levantou, e se inclinou com o rosto em terra, e disse: Eis que a tua serva servirá de criada para lavar os pés dos criados de meu senhor (ISm 25.4-14,21-29,32-34,36-41). A ingratidão é uma afronta suscita ira e revolta, a gratidão aplaca o furor. Não queira que alguém ao lembrar-se de você diga: meu trabalho foi em vão, era melhor não ter feito nada. Da próxima vez não conte comigo.








    O ENCONTRO COM A REALIDADE
    A Dor Que Alivia



    E
    mbora muito religioso e conhecido, até dentre os judeus, como um homem de boas obras e temente ao Senhor, Cornélio tomou conhecimento de algo que, no lugar dele, qualquer um teria profunda vergonha e tristeza. Cornélio dava esmolas, orava muito, jejuava e havia tido uma grande experiência com o sobrenatural, ele viu um anjo. Conheço muitos crentes fervorosos, não conheci ninguém que relate, satisfatoriamente, ter visto um anjo do Senhor. Cornélio viu. Se conhecêssemos um homem assim logo o admiraríamos. Quantas pessoas hoje, apoiadas na religiosidade se acham o máximo, se autonomeiam, se promovem. Uns por que sua religião é tradicional, outros por que estão freqüentemente na igreja, outros por que dão esmolas, muitas esmolas, fazem bem a sociedade, outros por que chegaram a ver “espíritos de luz” e etc. Cornélio estava nesse patamar até encontrar-se com a realidade.

    Embora Religioso O Homem É Sempre Imundo
    Imagine Pedro narrando o fato para Cornélio. Imagine quando ele narra a sua oração: Senhor, jamais comi coisa comum ou imunda Imagine agora Pedro dizendo que refletia na visão quando os homens chegaram. Imagine Pedro dizendo que a coisa comum ou imunda da visão, na vida real, referia-se a Cornélio, ao gentio. Cornélio era esta coisa comum ou imunda. Eu acho que este momento foi entristecedor, vergonhoso, ofensivo, Cornélio estava rodeado de parentes amigos, e companheiros de trabalho que a ele era subordinado ouvindo Pedro chamá-lo de comum ou de imundo.
    De fato, a única forma de alguém ser considerado limpo, na opinião de Pedro, bem como na lei mosaica, era nascendo no judaísmo ou aderindo completamente à fé judaica, inclusive, circuncidando-se. Porém, Deus tinha uma visão mais ampla, um plano maior. Deus havia santificado as gerações através da fé no Evangelho através do sangue de Cristo, quem cresse não só seria um verdadeiro israelita como seria um herdeiro da Jerusalém celestial. Dentro desse plano Cornélio era limpo, santificado por Deus, fora dele, Cornélio era comum, depravado, impuro, pecaminoso, imundo, corrompido, sujo, perdido e condenado. Por melhor que fossem as suas obras tudo não passava de trapo de imundície e fedia nas narinas de Deus. O profeta Isaias proferiu: “Todos nós somos como imundos, e todos os nossos atos de justiça como trapo de imundícia; todos nós caímos como folha, e os nossos pecados como um vento nos arrebatam.” (Is 64.6)
    A Religião É Impotente Para Salvar
    A religiosidade não tem o poder de salvar ninguém, por melhor que os religiosos sejam a única coisa que podem esperar das suas religiões e da sua religiosidade é encargos, ritualismo, dogmatismo e muita hipocrisia. A religiosidade cega, sobrecarrega e afadiga. Quantas pessoas estão frustradas por que se deram, se entregaram em prol de uma religião, achando que assim comprariam a sua salvação e acabaram descobrindo que era tudo ilusão, um grande engano. Por isso o convido, não para aderir uma nova religião, mas para conhecer o Evangelho, pois está escrito:
    ·           Então conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jo 8.32); O profeta Oséias diz: O meu povo é destruído por falta de conhecimento (Os 4.6); e Jesus disse: Errais não conhecendo as escrituras nem, o poder de Deus. (Mt 22.29) Qual é o problema das pessoas hoje? Em primeiro lugar, acreditar em tudo o que os seus líderes religiosos ensinam e, em segundo lugar, não ler as escrituras, a palavra de Deus. Acreditar em qualquer pessoa não só é um erro como se constitui um grande pecado, por que não entregamos a nossa saúde nas mãos de um médico que não conhecemos, também não entregamos os nossos filhos nas mãos de qualquer pessoa, e por que entregamos a nossa vida espiritual nas mãos de qualquer chefe de religião? Será que isso não nos importa? Se eu vou para o céu ou pro inferno é menos importante do que fazer um exame de vista? Muitas vezes não observamos que eles não trabalham em prol da nossa necessidade espiritual e sim dos seus propósitos pessoais e do seu bolso, muitos deles deixariam o serviço religioso se isso não lhe rendesse dinheiro, sucesso e poder. Será que eu posso acreditar, em tudo, que afirmam? Será que seu líder religioso está, de fato, preocupado com a sua alma? Será que realmente ele(a) está preocupado com o seu crescimento espiritual? (ITm 1.7; Jr 6.14)                                                                       Não ler a palavra do Senhor também é um erro gravíssimo, um pecado, quando Jesus proferiu o texto acima mencionado, ele dirigia-se a um grupo de pessoas que cria, inquestionavelmente, que não havia ressurreição de mortos, ao ponto até de vir questioná-lo tentando-o fazer calar, e o mestre lhes respondeu que o erro deles, em primeiro lugar, era não conhecer as escrituras e, em segundo lugar, afirmar a loucura que afirmavam e, provou, dentro do seu conhecimento da verdade, que de fato havia ressurreição de mortos (Mt 22.29-33), eles precisavam mudar de fé e de religião, visto que aquela era herética. Esse é o problema. Hoje as pessoas que manipulam a religião não são questionadas pelos seus fiéis por que eles também não sabem de nada (Os 4.6,14). E, quando aparece alguém ensinando a verdade, eles saltam fora como se tivesse encontrado um demônio, enquanto que, na verdade, o demônio, ou, pelo menos, o endemoninhado, é aquele falso profeta que eles escuta discursar todos os dias na suas religiões. Leia a Bíblia e descubra você mesmo a verdade!
    ·           Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu julgo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Pois o meu julgo é suave e o meu fardo é leve. (Mt 11.28-30).                         
    A religião sobrecarrega ao ponto de cansar as pessoas amargamente, ela possui um julgo pesado para se levar, todas elas têm um julgo diferenciado, que acaba sendo igual: pagar promessas carregando cruz, viajando de pé e descalço numa estrada infindável ou se flagelar; outras, é oferecer suas crianças aos deuses ou guias e ter que se acostumar a conviver com demônios familiares           (conheci pessoas que convivem com demônios aos quais chamam de pomba gira, tranca rua, preto velho, como se fosse um filho da casa), outras é se submeter a um rígido sistema baseado não nos princípios bíblicos e sim na tradição dos homens.
    Nos ensinos de Jesus há libertação, salvação e transformação de vida sem necessidade sacrifício e de flagelo (Mt 11.28,29), e, Jesus, anseia por isso, emergencialmente.                                                                                                 
    ·         Não me envergonho do Evangelho Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: O justo viverá da fé. (Rm 1.16,17)                                                            oooO Evangelho de Cristo é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, independente de qualquer circunstância (nível social, família, nível de depravação, religiosidade, cor, raça), e isso por que nele agente descobre a justiça de Deus. A grande revelação do Evangelho é: O justo viverá da fé, sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6.38), a fé não vêm de vós é dom de Deus não de obras para que ninguém se glorie (Ef 2.9). A fé opera arrependimento e as obras que realmente agradam a Deus (Hb 11).
    Convido-lhe a descobrir esse Evangelho salvador e libertador,         
     SEJA BEM AO EVANGELHO DE CRISTO




    O ENCONTRO COM O EVANGELHO
                                   A Verdade Que Liberta    



    O
     apóstolo Paulo escrevendo aos gálatas adverte: admira-me que tão depressa estejais passando daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho; o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam, e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos anunciamos, seja anátema. Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: Se alguém anunciar outro evangelho além do que já recebeste, seja anátema. Persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo. Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo. Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava. E na minha nação excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais. Mas quando aprouve a Deus, que desde ao ventre da minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça, revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue,... ” (Gl 1.6-16)
    O apóstolo estava surpreso em como o povo tão rapidamente havia deixado o evangelho verdadeiro e abraçado outro evangelho.
    Na verdade falar da existência de outro evangelho até soa estranho: Não há só um? Acreditamos que há um só Deus, um só Jesus, uma só Maria. Mas, percebemos que de fato há dois deuses: O Deus verdadeiro e o inventado pelos homens; há dois Jesus: o verdadeiro e o que os homens arquitetaram; há duas Marias: a Maria verdadeira e aquela inventada pelos homens. O verdadeiro é aquele que a Bíblia realmente se refere, o falso está baseado no verdadeiro, mas tão adulterado pelos homens que não mais parece com o verdadeiro, pelo contrário se tornou outro totalmente contrário ao verdadeiro por isso não deve ser considerado nem reverenciado. Quando observamos as diferenças, criteriosamente, percebemos que na verdade há gravíssimas diferenças entre um e outro que nem dá mais para se comparar. Por exemplo: A Maria da bíblia é a mãe de Jesus, serva do Senhor, a dos religiosos é a mãe de Deus, a Maria da Bíblia é a humilde serva do Senhor (Lc 1:38), a dos religiosos é a ”Medianeira de todos os povos”; o Jesus da bíblia é Todo-poderoso (Ap 1.8), seu nome é Emanuel, que quer dizer Deus conosco (Mt 1.23), o Jesus das “Testemunhas de Jeová”  é criatura de Deus, um deusinho inferiorizado e o do catolicismo romano é um Jesus irado, sem poder de perdoar, sendo a eles sempre necessário apelarem para misericórdia da humilde mãezinha se precisarem de salvação, enquanto que o Jesus da bíblia é rico em misericórdia (Mt 9.36;14.14). O Jesus da bíblia é o filho de Deus ressuscitado (Rm 6.10), o dos espíritas é ápice do carma; o Jesus de João Batista era o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29), o dos sacerdotes judeus era um usurpador, um leviano. O Deus da bíblia é o Deus Todo-poderoso, único verdadeiramente digno de adoração (Ap 22.9; IIRs 21.2,14-15), o dos bruxos é politeísta permite que se adore, por exemplo, a lua. Neste contexto realmente não só há diferenças como se constitui um outro totalmente diferente do verdadeiro. A mesma coisa acontece com o evangelho.
    Paulo havia anunciado o evangelho genuíno, mas em tão pouco tempo o povo o havia trocado pelos ensinamentos humanos, que se constituía um evangelho meramente humano, totalmente dessemelhante do verdadeiro. E, o que é preocupante nesta história é que, ao contrário do que todo mundo espera, que o evangelho falso é anunciado, sempre, pelos de fora, este evangelho estava sendo pregado pelos de dentro da comunidade cristã e sendo muito bem aceito. Ai uma advertência: Será que você não está ouvindo o evangelho errado? Se perceber que o evangelho que esta ouvindo, é de fato, diferente do anunciado nas escrituras, salte fora enquanto há tempo, o nosso compromisso não é com religião o que Paulo nos escreveu: Mas quando aprouve a Deus, que desde ao ventre da minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça, revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue,... (Gl 1.6-16). Quantas pessoas estão certas de que aquilo que ouvem nas suas religiões não é a verdade bíblica e continuam ouvindo, só para agradar a parentes e familiares, ou, pior, para agradar a “amigos”. Cristo descreve: Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo (Lc 14.26). E, o apóstolo no texto acima assegura: Persuado eu agora a homens ou a Deus? Ou procuro agradar a homens? se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo. Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo. Pois já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava. E na minha nação excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais. Este é o exemplo de alguém que tendo servido por muito tempo a religião predominante da sua época descobriu a verdade e saltou fora do engano para servir a Deus sem restrição. Será que depois de conhecê-lo você vai fazer o mesmo ou continuar agradando a homens? O que Cristo é para você um amigo digníssimo ou um colega desnecessário? O que Deus é para você, um Pai insubstituível ou um padrasto reprovável? O que o evangelho significa para você, uma verdade libertadora, ou um conto de fadas?
    Quando lemos os evangelhos pela primeira vez recebemos tanta informação que ficamos confusos, embora que muito maravilhados, por mais simples que ele seja. O evangelho é vasto e riquíssimo. Ela narra anjos nos céus (Lc 2.8-20), demônios nos corpos (Mt 8.28-34); homens maus e bons (Mt 2), fala de pecado (Jo 8.7) e de perdão de pecados (Mt 1.21;9.2); fala de famintos e de multiplicação de pão (Mt 14.13-21); fala de uma pessoa que queria andar com Jesus e ele mandou voltar (Mc 5.18,19), por outro lado fala de outro que não queria segui-lo e ele o repreendeu por tal atitude (Mt 8.21,22); fala de costumes e de tradições (Jo 18.39); fala de reis e de gente simples (Mt 2,3); fala de leprosos, paralíticos, cegos, atribulados e pessoas possuídas por demônios (Mt 4.23-24), mas também fala do tanque de Betesda e de Jesus que é o tema central das escrituras (Jo 5.2; Mc 1.7-9). Fala de coisas fáceis de entender, mas também fala de outras que merecem atenção especial; curiosidades e fatos rotineiros; costumes judeus e romanos. Mas a essência do Evangelho de Cristo é simples, porém muito desafiadora. Vejamos no discurso de Pedro com Cornélio a essência desse evangelho:
    Abrindo Pedro a boca, disse: Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas, mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo. Conheceis a palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos). Esta palavra, vós bem sabeis, foi proclamada por toda a Judéia, começando pela Galiléia, depois do batismo que João pregou; como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele. Nós somos testemunhas de todas as coisas realizadas por ele, tanto na terra da Judéia como em Jerusalém. A este mataram, pendurando-o num madeiro. Deus o ressuscitou ao terceiro dia, e fez que se manifestasse, não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus antes ordenara; a nós, que comemos e bebemos com ele, depois que ressurgiu dentre os mortos. Ele nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos. Dele dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome. (At 10.34-43)
    Compreendendo A História
    Deus criou o homem como coroa da criação lhe deu fôlego de vida e o homem tornou-se alma vivente (Gn 2.7), lhe deu inteligência, um corpo de uma estrutura admirável, uma companheira para os momentos de solidão, um jardim maravilhoso para procriar e viver e um dom acima de toda comparação, o dom de louvá-lo. Adão encontrava-se com o Senhor na viração do dia e conversavam como dois amigos (Gn 3.8).
    Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo (Gn 3.1), o diabo em forma de serpente tentou Adão e ele caiu na proposta do inimigo, e por causa de Adão o pecado entrou no mundo e como o salário do pecado é a morte, hoje todos morrem (Rm 5.12). Após a queda de Adão e diante de todas as maldições proferidas aos envolvidos, Deus pronunciou: E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e o seu descendente; este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gn 3:15) Deus também lançou Adão fora do jardim e selou o jardim para que ninguém o pudesse encontrar (Gn 3.24)!
    Embora sem os mesmos privilégios de antes o homem se multiplicou na face da terra com homens como Enoque e Enos, adorador de Deus (Gn 4.26; 5.22), mas também como Lameque, um homicida (Gn 4.19-24). E como a maldade se multiplicou muito mais do que a bondade, a ira do Senhor se ascendeu e destruiu o mundo antigo com as águas do dilúvio (Gn 6). O Senhor sentenciou: Não permanecerá o meu Espírito para sempre com o homem, pois este é mortal; os seus dias serão cento e vinte anos. (Gn 6.3) Imagine agora, o homem que outrora falava com Deus na viração do dia, gozava da tranqüilidade e do suprimento encontrado somente no Jardim do Éden, com os seus dias contados na terra, tendo que conviver com homicidas, escravo do pecado, gerando filhos em pecado e sentenciados a morte, influenciado pelo diabo e, sobretudo, distante de Deus. Resumindo, o homem estava morto em seus pecados e delitos (Ef 2.1).
    Noé, sendo um homem de Deus, se manteve justo diante de Deus (Gn caps 6,7), embora também tenha sido gerado em pecado e fosse filho de pecadores e tentado a pecar, Deus o convidou ou convocou à uma aliança. Esta aliança, em suma, consistia em Noé construir a arca, salvar o seu povo e os animais e conservar o nome do Senhor sobre a face da terra e o Senhor, os salvaria das águas do dilúvio. Noé fez como o Senhor havia dito, porém, enfrentou forte rejeição por parte da população corrompida da sua época que o despreza e perseguia.
    Quando todos faziam planos para o futuro de se casar, por exemplo, e ganhar a vida, o Senhor castigou os ímpios e salvou o seu povo que conservou a geração humana na face da terra. Noé, como fruto da aliança, foi abençoado por Deus, frutificou e multiplicou e nunca mais se ouviu falar de dilúvio (Gn caps 9,10).
    Porém Noé era pecador e toda a sua geração também, em síntese, muitos dos seus descendentes glorificaram a Deus, outros pecaram gravemente e todos continuaram sendo pecadores, multiplicando-se, destruindo e edificando.
    Algum tempo depois de Noé, Deus fez uma aliança com Abrão (Gn 12). Deus o mandou sair da sua parentela e seguir para a terra que o Senhor o haveria de mostrar. O Senhor o prometeu: Farei de ti uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome, e tu serás uma benção. Abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem, e em ti serão benditas todas as nações da terra. (Gn 12:1) Abrão obedeceu ao chamado do Senhor pelo que Deus mudou o seu nome para Abraão, pai de multidões (Gn 17), lhe deu um filho, chamado Isaac (Gn 21) e, um neto chamado Jacó (que significa suplantador), que, também, depois de fazer uma aliança com o Senhor fora abençoado por ele e passara a ser chamado de Israel, que significa aquele que luta com Deus (Gn 32.28). De Abraão, Isaque e Jacó Deus suscitou um grande povo chamado de hebreus, israelitas, povozinho de Jacó,... POVO DE ISRAEL! 
    Em tempo de grande seca o povo de Israel foi levado ao Egito onde se multiplicou grandemente e, como o faraó temia que numa guerra o povo de Israel se unisse aos inimigos, o povo começou a ser maltratado com a exploração do faraó (Ex 1). Depois de muito clamor e gemido o povo de Israel saiu do Egito com a ajuda de Moisés, um homem de Deus que o Senhor escolhera e enviara para tirar o povo do cativeiro e, levá-lo a uma terra, terra que mana leite e mel (Ex 3.17).
    Daí então Israel peregrinou no deserto por quarenta anos enfrentando exércitos inimigos e conquistando terras até que, abreviando, se apossou da terra que tanto almejara. Foi no deserto que Deus deu a lei a este povo, como premissa do pacto que o Senhor fizera com eles de fazê-los prosperar no seu caminho. Porém, a lei era patológica, de fato, servia apenas para provar que o povo estava realmente em constante pecado e também como exemplo de que o Senhor esperava santificação do seu povo, porém nem isso o povo podia cumprir e o sacrifício do cordeiro realizado pelo povo, por suas culpas, na verdade, servia apenas para representar o verdadeiro cordeiro que purificaria o pecado do mundo, que um dia viria morrer em sacrifício pelos pecados da humanidade, Jesus de Nazaré (Jo 1.29). O povo de Israel era denominado o povo de Deus por causa da escolha, da lei, que era a lei advinda do próprio Deus, do pacto e da presença constante do Senhor em meio ao povo. 
    Deus conduzia este povo como um pai de família conduz os seus filhos: Deus ditava as suas leis civis, religiosas e cerimoniais, lhes dava vitória nas guerras (Sl 44.7), corrigia as suas falhas (ICr 16.21), dava prosperidade, escolhia seus lideres (ISm 10.1) e mantinha uma aliança de amor firmado através da circuncisão, simbolizado fisicamente através de um marca feita no pênis do homem (Rm 4.11) e se comunicava com o seu povo através dos seus profetas (Jr 35.15) que eram homens que ele mesmo levantava com o poder de ouvi-lo e falar ao povo a sua vontade. Deus também lhes havia prometido um libertador, um salvador, alguém que libertaria o povo, da sua própria iniqüidade e das mãos dos seus adversários e subjugadores e que estabeleceria um governo estável e possante (Is 7). Porém, embora, com tanta manifestação de amor o homem continuava desobedecendo a ele e oferecendo sacrifícios desagradáveis a Deus. Nas palavras do profeta Isaias cada um se desviava pelo seu próprio caminho, como ovelha que não tem pastor.  (Is 53.6)
    O que restava ao homem era a condenação do inferno. Neste “deus-nos-acuda”, algo surgiu como um milagre. Melhor dizendo: Deus nos acudiu com um grande milagre, embora todos os homens tenham se tornados injustos, indignos, corruptos, culpados e condenáveis.
    O Plano de Salvação
    Deus observou que todos haviam se extraviado e não havia um que buscasse o bem (Jr 5.1). Todos haviam se tornado devedores diante de Deus, devendo a Ele a reverência, o louvor, a honra, a obediência, a santidade enfim, a própria vida, a própria alma. Porém, Deus elaborou um plano de salvação, de religação do homem para com Deus, através do pagamento da dívida, que era impossível ao homem saldar (Cl 2.13-14). Era mister que o plano redentor fosse elaborado, fosse pago e o homem fosse trazido de volta para Deus e, Deus elaborou e executou o plano. Já ouvi pessoas dizendo que acham ridículo o plano que Deus elaborou, qual é a lógica, perguntam eles, de Deus enviar o seu filho para morrer, sanguinariamente, nas mãos dos homens, e qual o sentido de alguém morrer numa cruz, como isso pode salvar a humanidade? Por que Deus sendo tão grande não elaborou um plano mais inteligente, mais grandioso, mais globalizado, à altura de um Deus? Por que Ele não apareceu no céu e numa voz de estrondo chamou atenção de toda raça humana? Ou então por que não mudou o coração dos homens e de uma só vez os converteu a si? Por que não desvendou logo o mundo espiritual diante dos olhos dos humanos? Por que o plano de Deus foi tão simples e que plano ele realmente fez? As perguntas ateístas nem sempre podem ser respondidas, mesmo por que não é do interesse de Deus fazer isso agora. Um dia tudo se revelará (ICo 4.5). Porém, a respeito do plano de Deus tentaremos apresentá-lo aqui. O discurso de Pedro, na casa de Cornélio esclarece bem este plano.

    ·           Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas,...                    
    Embora, ao ler as escrituras, percebamos um tratamento especial de Deus para com o povo de Israel (Ex 6.7), Deus nunca fez ou faz acepção de pessoas: israelitas ou egípcios, gregos ou romanos, ricos ou pobres, reis ou súditos, Deus faz que o sol nasça para todos. O que fez que Deus livrasse a Israel, se comunicasse com ele, e operasse sinais grandiosos no seu seio foi o fato de eles terem ouvido ao chamado do Senhor e tê-lo obedecido, é verdade que Israel rebelou-se diante de Deus muitas vezes, mas esse povo entrou numa aliança com Deus, e Deus é fiel a aliança que faz, embora o seu povo fosse infiel ele permanecia e ainda permanece fiel (IITm 2.13). Deus nos ama, incondicionalmente, e não quer que ninguém pereça (Jo 3.16), no entanto todos nós pecamos israelitas ou brasileiros estamos enquadrados no mesmo erro: desobediência a vontade do Senhor “e o salário do pecado é a morte”(Rm 6.23). Quanto a isso Paulo escreveu: “não há um justo, nem um sequer, todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.10) “Mas Deus amou o mundo de tal maneira que enviou o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna.” (Jo 3.16)
    ·           ...mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo. Independente da nacionalidade, do sexo, da cor ou da classe, Deus tem prazer em qualquer pessoa que o busca, ao passo que aqueles que não entram na aliança de obediência com ele hão de perecer eternamente no sofrimento eterno (Lc 13.3). Deus quer que nos arrependamos dos nossos pecados e creiamos no Evangelho (Mc 1.15); que confessemos os nossos pecados (Mt 10.32) e nos convertamos do caminho que temos trilhado e entreguemos a ele a nossa vida (Mt 18.3), morramos para o mundo e nasçamos para Ele (Cl 3.5). Não possuímos em nós mesmos justiça suficiente para alcançar a vida eterna (Ez 18.25), mas se aceitarmos o sacrifício de Cristo feito por nós obteremos a salvação preparada especialmente para os justos (Jo 1.12).
    ·           Conheceis a palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos). Esta palavra, vós bem sabeis, foi proclamada por toda a Judéia, começando pela Galiléia, depois do batismo que João pregou; como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele. Nós somos testemunhas de todas as coisas realizadas por ele, tanto na terra da Judéia como em Jerusalém. A este mataram, pendurando-o num madeiro. Deus o ressuscitou ao terceiro dia, e fez que se manifestasse, não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus antes ordenara; a nós, que comemos e bebemos com ele, depois que ressurgiu dentre os mortos.  Embora Jesus tenha curado todos os tipos de enfermos, expulsado demônios, confrontado todos os que lhe contrapunham, em suma, Jesus tinha duas missões especiais para cumprir na terra: Em primeiro lugar, Jesus veio na missão especial de pagar na cruz do calvário o preço dos nossos pecados e delitos; em segundo lugar, ele veio conduzir os seus discípulos a andar na vontade de Deus, embora diante de tanta adversidade, mostrar qual era essa vontade, e exemplificá-la através do seu testemunho de vida. Deus ungiu a Jesus de Nazaré e este veio curando enfermos, apregoando o reino de Deus e, como prova de que realmente o homem estava e está totalmente perdido, os seus próprios ouvintes o levaram aos tribunais, por inveja, e o crucificaram, pendurando num madeiro (At 10.39). Porém, foi ali que Jesus pagou o preço dos nossos pecados: um cordeiro santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus, (Hb 7.26) foi à cruz do calvário como cordeiro mudo, ao matadouro, e sem pecado morreu pelos nossos pecados (Is 53.7), o justo pelos injustos, para que nele tivéssemos a vida eterna. O princípio é simples, porém provocador: Quem crer e for batizado será salvo e quem não crê, será (já está) condenado (Mc 16.16). Pois assim como ele ressuscitou nós também ressuscitaremos, uns para a morte eterna e outros para a vida eterna (Jo 5.29). A sua ressurreição foi a prova de que todo aquele que nele crê não morre, mas passa da morte para a vida (Jo 5.24). Porém é necessário entender que esse crê deve vir acompanhado de um compromisso, o compromisso de obedecê-lo e nunca negá-lo (Mt 19.17; Tg 2.20). Quem confia totalmente na morte de Cristo como pagamento suficiente dos seus pecados é salvo e tem total segurança de sua salvação (Rm 10.9).
    ·           Ele nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos. Ao ressuscitar Jesus adentrou o Santo dos santos nos céus, onde intercede por nós diante do Pai (Hb 7.25; 9.24) e, entregou, estando ainda na terra, a missão de propagação da sua doutrina e de tudo o que fez e ensinou, aos homens em todo o mundo por isso Jesus lhes disse:  “Ide por todo o mundo e pregai  o evangelho a toda criatura (Mc 16.15). Quem crer e for batizado será salvo e quem não crer já esta condenado. Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falaram novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre os enfermos, eles ficaram curados. (Mc 16:115-18)
    ·           Dele dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome.
    A vinda de Jesus não aconteceu por um acaso, tudo foi perfeitamente planejado e o plano foi e é infalível, prova disso é que tudo transcorreu dentro do mais perfeito controle, pois o plano que Deus havia elaborado, ele tornou conhecido aos homens através dos profetas que ouviram de Deus e anunciaram aos homens milhares de anos antes da vinda do messias. Jesus, e tudo o que hoje se encontra registrado nos evangelhos, confere perfeitamente com as profecias (Mt 26.54).
    Desde os primórdios, através dos seus profetas Deus mostrara que o seu desejo é que todos se salvem e que ninguém pereça. No entanto o homem sempre brincou com os mandamentos do Senhor e, veja que Deus não elaborou um mandamento difícil de ser compreendido, já pensou se Deus tivesse elaborado um plano complexo, qual seria a reação do homem a ele? se diante de um plano tão simples o homem o recebe como se fosse uma loucura inimaginável e não tem o mínimo de interesse de compreendê-lo.
    O evangelho, embora simples, é o cumprimento de todas as profecias feitas por Deus ao seu povo (Lc 23.44,45). Assim como Deus cumpriu a promessa de que daria a Israel uma terra para habitar ele cumpriu a promessa de enviar o salvador do mundo decaído através da vinda e do sacrifício vicário de Cristo na cruz do calvário, e dá a salvação a todos aqueles que se arrependem regenerando-os (Tt 3.4,5). Ele, também, cumprirá a promessa de vida eterna reservada a todos os que crêem no seu nome. Um dia Jesus voltará e levará para si todos os que crêem no seu nome (Jo 14:2,3). Por isso podemos dizer que temos duas formas de nos encontrar com o Senhor: uma é através da morte e outra através do arrebatamento. (Lc 23.43; ITs 4.17)
    A palavra salvação é ampla no seu sentido. Imagine que você encontre um homem, que caiu num buraco e perdeu todas as possibilidades de sair daquele lugar sozinho, digamos que você passou pelo lugar e viu o homem naquela situação e, você, se encontra totalmente preparado para salvá-lo daquela situação, porém, isso lhe custará um preço que será pago com muito sacrifício. O que você faria: fugiria do lugar sem salvar o perdido, ou o salvaria? se a sua opção é a segunda continuemos o raciocínio: O que você salvaria primeiro: O corpo ou alma do perdido? Se o corpo puxaria por completo ou pela metade? Se a alma: salvaria primeiro a sua alegria, paz, amor ou a fé em Deus? Tudo de uma vez ou o corpo somente? Parece louca a pergunta, mas muitas vezes a resposta constitui-se um verdadeiro delírio. Quando Deus salva um homem o salva completamente: sua alma, acima de tudo, vida eterna com Jesus é a maior riqueza de um homem, tão grande é que não pode ser comparada a outra coisa! Mas, também, o seu corpo – Jesus salvava as pessoas, perdoava pecados, porém, também, curava enfermidades, moléstias e tormentos, dava pão em abundância, até onde não tinha alimento algum: em pleno deserto – restaurava os sonhos e a prosperidade do seu povo. Confira nos textos a seguir:
    Salvação aos perdidos – sinônimo de vida eterna
    O povo que estava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. (Mt 4.16)
    Cura para o corpo – sinônimo de saúde
    Percorria Jesus toda Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando todos os tipos de doenças e enfermidades entre o povo. Sua fama correu por toda a Siria; e traziam-lhe todos os enfermos, acometidos de várias doenças e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos, e ele os curava. (Mt 4.23,24)
    Pão para o faminto, desempregado, abandonado – sinônimo de SUPRIMENTO
    Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, à parte. Sabendo-o o povo, seguiu-o a pé desde as cidades. Saindo Jesus, viu Jesus uma grande multidão, e, possuído de grande compaixão para com ela, curou os seus enfermos. Chegada a tarde, os discípulos aproximaram-se dele, dizendo: O lugar é deserto, e a hora é já avançada. Despede a multidão, para que vão pelas aldeias, e comprem comida para si. Jesus, porém, lhes disse: Não é preciso que se retirem. Dai-lhes vós de comer. Então lhes disseram: Não temos aqui se não cinco pães e dois peixes. Disse-lhes ele: Trazei-mos. Tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo partido os pães, deu-os aos discípulos, e a multidão. Todos comeram e se saciaram; e levantaram dos pedaços que sobraram doze cestos cheios. E os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças. (Mt 14.13-21) Agora lembre-se: Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (Mt 6.33) Não podemos viver ansiosos por coisa alguma, o que o Senhor quiser nos dar, com certeza nos dará, devemos confiar e descansar no Senhor, se não, a única coisa que vamos conseguir é contender com Deus, com os irmãos, com todos e, conseqüentemente, viver atribulados contendendo consigo mesmo. Devemos descansar no Senhor e fazer a sua obra, por que ele sabe o que é melhor para nós, no tempo certo e da maneira apropriada.
    Paz e descanso para a alma sofrida e cativa – sinônimo de alegria, paz, segurança e libertação
    Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu julgo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Pois o meu julgo é suave e o meu fardo é leve. (Mt 11.28-30)
    Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou de beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que o vestuário? Olhai as aves do céu; não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros, contudo, o vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? Qual de vós poderá, com as suas preocupações, acrescentar uma única hora ao curso da sua vida? Quanto ao vestuário, por que andais ansiosos? Observai como crescem os lírios do campo. eles não trabalham, nem fiam. Eu, porém, vos digo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Se Deus veste assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vestirá muito mais vós, homens de pequena fé? Portanto, não andeis ansiosos, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? ou: Com que nos vestiremos? Pois os gentios procuram todas estas coisas. De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas elas. Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não andeis ansiosos pelo dia de amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal.” (Mt 6.25-34)
    A solução para os problemas infinitos da humanidade está em Jesus, no entanto, para obter a vida eterna, muito mais do que o conhecimento do evangelho é necessário, ter um encontro com Cristo.































    O ENCONTRO COM O CRISTO
    Uma Amizade Redentora



    Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Mas a todos os que o receberam, àqueles que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus. (Jo 1.11,12)
    E
    mbora o evangelho seja maravilhoso percebemos que o mero conhecimento dele não mudará a vida de um homem se ele não se posicionar diante dele, veja que Jesus disse que era necessário se arrepender, crer, e confessar. Quando alguém se torna conhecedor do evangelho e não o pratica, na verdade, estará sujeito a um peso maior de condenação, pois conhecendo tão grande salvação loucamente a negou. Jesus mesmo disse: se eu não tivesse vindo, nem lhes tivesse falado, não teriam pecado. Agora, porém, não têm desculpa do seu pecado. Aquele que me odeia, odeia também a meu Pai. Se eu não tivesse feito entre eles o que nenhum outro fez, não teriam pecado; Mas agora viram, e odiaram a mim e a meu Pai. Mas é para que se cumpra a palavra que está escrita na sua lei: Odiaram-me sem motivo. (Jo 15:22-25)
              Então o que nos cabe diante do conhecimento de tão maravilhosa salvação é usar de sabedoria e, diante dos desafios por ela proposta, de arrependimento, confissão, conversão, aceitá-la de todo coração.
    O personagem principal do evangelho é Jesus, ele é o salvador de toda humanidade. Como está escrito que o seu nome seria Jesus por que ele salvaria o seu povo dos pecados deles. (Mt 1:21) É possível que alguém conheça as doutrinas e histórias apresentadas no evangelho, conheça detalhadamente a história de Jesus de Nazaré e até seja mestre no assunto e, no entanto, nunca ter experimentado o privilégio de ser perdoado e ter vida eterna. Para explicar essa possibilidade gostaria de falar de um homem chamado Nicodemos.
    O Novo Nascimento
     Havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este foi ter de noite com Jesus, e lhe disse: Rabi, sabemos que és mestre vindo de Deus. Pois ninguém poderia fazer estes sinais miraculosos que tu fazes, se Deus não fosse com ele. Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que quem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Poderá voltar ao ventre da sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Em verdade, em verdade, te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, mas o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de eu te dizer: Necessário vos é nascer de novo. O vento  sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim é todo aquele que é nascido do Espírito. Nicodemos perguntou: Como pode ser isso? Jesus respondeu: Tu és mestre em Israel e não compreendes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos do que vimos; contudo, não aceitais o nosso testemunho. (Jo 3:1-11)
    Nicodemos fazia parte do Sinédrio, era considerado por toda comunidade judaica e era um erudito nas escrituras. O seu conhecimento de Deus o levou a entender que o que Jesus fazia só podia ser feito se Deus estivesse com ele, o que prova que Nicodemos também conhecia a história de Jesus: Então Nicodemos era um erudito, um conhecedor da Biografia de Jesus, e como se isso não fosse o bastante, Nicodemos conheceu a Jesus pessoalmente e em particular. Porém, isso não era o bastante para salvá-lo. Jesus lhe disse que era necessário que ele nascesse de novo. A essa expressão ele embaraçou-se. E replicou: Como pode um homem nascer sendo velho? Na verdade o questionamento de Nicodemos era justo, pois é impossível a um homem nascer sendo velho. No entanto, Jesus não falava de um nascimento físico e sim do nascimento espiritual. Os judeus conheciam as leis, Nicodemos era uma prova disso, porém, não sabiam o que significava nascer espiritualmente. Essa é a melhor experiência que alguém pode ter, não somente compreender os textos e contextos, doutrinas e fundamentos, mas obter um novo nascimento. Morrer para o pecado e nascer para Deus.
    Nascer do Espírito, nascer da palavra. Embora pareça embaraçoso é simples, consiste em arrepender-se interiormente de todo pecado, aceitar Jesus como salvador confessando-o publicamente a cada dia e ser transformado interiormente pelo poder do evangelho e da presença do Espírito Santo. Quando fazemos isso Jesus e o Espírito Santo passam a habitar dentro dos nossos corações. Quem conhece a história apenas sabe de tudo, mas continua de fora, quem nasce de novo muitas vezes nem sequer decorou a história direito mais já convidou e recebeu Jesus dentro do coração, de forma que ele não possui um Deus Histórico e sim um Deus pessoal.
    Gosto de exemplificar o novo nascimento comparando com a história da mulher do fluxo de sangue. A bíblia conta que uma mulher sofria a doze anos de um fluxo de sangue e, um dia ela soube que Jesus estava passando naquele lugar onde ela se encontrava, na sua fé ela dizia: Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada. Ela correu ao encontro de Jesus e o tendo alcançado tocou a orla de suas vestes, Jesus imediatamente perguntou quem o havia tocado por que sentira que dele saíra poder e os discípulos lhe responderam: Vês que a multidão te aperta e dizes: Quem me tocou? Perceba que as pessoas comprimiam Jesus, muita gente o apertava, agarrava, tocava, beijava e daí por diante, no entanto, só aquela mulher ficou curada (Mt 9:18-26) porque tocou diferente, tocou na sua humildade e fé (Hb 11.6) . O novo nascimento é algo semelhante, muitas pessoas conhecem a história de Jesus, cantam para ele, pregam em seu nome, mas somente aquele que de todo coração o recebe é que obtém o novo nascimento.
    Concluo este parágrafo lhe convidando para se arrepender dos seus pecados e invocar a Jesus convidando a morar dentro do seu coração e lhe dar esta experiência incomparável. Não deixe para amanhã o que você pode fazer agora. Pare a leitura, procure um lugar reservado e peça a Jesus para entrar no seu coração realmente e, depois, procure alguém que já tenha feito a mesma coisa e se acompanhe com pessoas que já tomaram a mesma decisão e viveram a mesma experiência. Leia a Bíblia, procure uma igreja cristã onde possa também encontrar um homem de Deus que possa lhe ajudar. 
    Se com a tua boca confessares Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Pois com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Como diz a escritura: Todo aquele que nele crê não será confundido. Pois não há diferença entre judeu e grego, um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam, porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Rm 10:9-13) .
               
















    O ENCONTRO COM O ESPÍRITO SANTO
    Um Relacionamento Motivador



    O
     encontro com Jesus é também o encontro com o Espírito Santo (Mt 3.11), pois, ninguém pode ter Jesus e não ter o Espírito Santo (Gl 4.4-6), bem como ninguém pode ter o Espírito Santo e não ter a Jesus (Rm 8.9), aliás, ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor senão pelo Espírito Santo. (IJo 4.1-3)
    Embora todos os que recebem a Cristo tenham o Espírito Santo algumas pessoas parece tê-lo de uma forma mais ativa, e por esse motivo, são mais poderosas (At 1.8), e mais fervorosas na obra do Senhor e na vida cristã (At 2.4; 4.8), por outro lado outros o suprime (ITs 5.19). Mas, quem é o Espírito Santo, o que ele faz e onde mora?
    O Espírito Santo é uma Pessoa
    O Espírito Santo (Ef 1:13) é uma pessoa, pois é possuidor de intelecto (ICo 2.10,11; At 15.28), emoção (Ef 4.30), vontade própria (At 13.2); Ele é também chamado de O Espírito (Lc 4:1), Espírito de Deus (Mt 12:28), Espírito do Senhor (Lc 4:18), Espírito de Cristo (Rm 12:9), Espírito da Verdade (Jo 14.17), Espírito de Santidade (Rm 1.4), Espírito de Vida (Rm 8.2), Espírito de Adoção (Rm 8.15,16)), Espírito da Graça (Zc 12.10), Espírito da Glória (IPe 4.14) e Espírito Eterno (Hb 9.14), Consolador (Jo 14.26); é uma pessoa invisível, espiritual, santa (Rm 1.4), gloriosa (IPe 4.14), onipotente (Lc 1.37), onisciente (ICo2.10), onipresente (Sl 139.7-10), divina (IICo 3.17) e única.
    O artigo definido “o” significa dizer que ele não se assemelha a nenhum outro espírito ele é o único Espírito de Deus, por isso, aparece na Bíblia de forma singular. O Espírito Santo é a terceira pessoa da trindade. É Representado nas sagradas escrituras muitas vezes pelo fogo (Lc 3.16), vento (At 2.2), óleo (ISm 10.1), água (Jo 7.37-39), pomba (Lc 3.22), selo (Ef 1.13,14); Como pessoa ele ouve (Jo 16.13), escolhe (At 13.2), impede (At 16.6,7), revela (Lc 2.26), fala (Mc 13.11), guia (Rm 8.14; Jo 16.13), consola (At 9.31; Jo 14.16), lembra (Jo 14.26), ensina (Jo 14.26; ICo 2.13), faz companhia (Jo 14.16), glorifica a Cristo (Jo 14.14), fortalece (Is 11.2), dá poder (Mc 24.49; At 1.8), se entristece (Ef 4.30), intercede e ajuda na oração (Rm 8.26), dá testemunho (IJo 5.6-8), santifica (Rm 15.26), vivifica (Rm 8.11), gera vida (Lc 1:35; Jó 33.4); dá alegria (Sl 45.7; Rm 14.17), inteligência (Is 11.2)...
    A Ocupação do Espírito Santo
     O Espírito Santo dedica-se a consolar os abatidos, lembrar-nos das palavras do mestre (Jo 14:16; 15.26), operar o milagre do novo nascimento (Jo 3.5), convencer o homem do pecado da justiça e do juízo (Jo 167,8), interceder por nós diante de Deus (Rm 8.26,27), habilitar os incapacitados (At 1.8), dar frutos através das nossas vidas e conceder dons aos homens (Rm 12.6-8; ICo 1.7; ICo 12; IPe 4.10; ICo 14.12,40), como, por exemplo, no caso de Cornélio. A escritura nos conta: Dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que o ouviam. Os fiéis que eram da circuncisão, que tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Pois os ouviam falar em línguas, e engrandecer a Deus.
    Acho maravilhosa essa operação que o Espírito Santo realiza na vida do homem, pois o convence do pecado para arrependimento e conversão, quando o homem se arrepende e em oração confessa os seus pecados diante do Pai ele intercede por ele segundo a intenção do seu coração. Depois de tê-lo aceito sela-o como garantia da sua salvação, batiza-o na igreja que é o corpo de Cristo (ICo 12.13), enche-o e o reveste da sua presença (At 2:4) e, na direção da sua vida, molda as suas atitudes: se era prostituto e prostituído, impuro e devasso, idolatra, feiticeiro, cheio de inimigos, teimoso, ciumento, irado, briguento, dividido, faccioso; se tinha inveja, se andava em bebedeiras, orgias, e coisas semelhantes a estas o Espírito Santo o resgate e o enche de amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl 5.16.26). E ainda o faz participante da obra Senhor o capacitando com os seus dons e habilidades para viver a vida cristã da melhor maneira possível, servindo a Deus, de vitória em vitória, de fé em fé (Rm 1.17), de glória em glória (IICo 3.18) e de santificação em santificação (IICo 7.1).
    Você que se arrependeu, confessou e recebeu a Jesus no seu coração já pode pedir a Deus que derrame também sobre a sua vida o Espírito Santo (Lc 11.13) e lhe conceda dons, pois os dons são presentes do Espírito Santo para aquele que o recebe e é dado a cada um para o que for útil. Os dons do Espírito Santo são ferramentas de trabalho a nós conferidas no intuito de nos aparelhar para a obra do Senhor: Há diversidade de dons, mas o espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. A um pelo mesmo Espírito é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, fé; a outro, pelo mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operação de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro variedade de línguas; e a outro, interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer. (ICo 12:4-11)
    A Morada do Espírito Santo
    O Espírito Santo mora no coração daquele que aceita a Jesus como salvador, ele não pode habitar no coração de quem não entregou a sua vida a Cristo se arrependendo dos seus pecados (ICo 3.16), por isso que nem todos tem o Espírito Santo (Jo 14.17). A sua morada no nosso coração, muito mais do que um grande privilégio, é o penhor da nossa herança (Gl 4.6; IJo 3.24; Ef 1.13,14), é a garantia de que somos verdadeiramente salvos e pertencemos ao Senhor (Rm 8.16).
    Embora o Espírito Santo more dentro de nós ele habita também nas profundezas de Deus e, para alegria nossa, comunica ao nosso coração a vontade do Senhor e comunica ao Senhor as nossas necessidades (ICo 2.10), intercedendo com gemidos inexprimíveis e, segundo a vontade de Deus é que intercede por nós. (Rm 8.27)
    O Espírito Santo é um cavalheiro, ele não se apossa das pessoas de forma brutal, selvagem, feroz. O Espírito Santo gosta de ser convidado, embora tenha todo poder de invadir o nosso coração ele bate a porta, se alguém abrir ele irá operar maravilhosamente.
    Não perca esta oportunidade, convide-o para fazer parte da sua vida regendo o seu coração, tenha certeza de que a sua vida mudará para melhor. Se isso não resolver todos os teus problemas te dará suprimentos necessários para ter uma vida de alegria e vitória. Faça isso agora mesmo, feche o livro e clame a ele, tenha convicção de uma coisa: Ele te ouvirá e virá sobre ti. Ore com toda sinceridade. Que Deus te abençoe. Divida a sua experiência com outras pessoas.




















    CONCLUSÃO


    O vazio que assola o homem o tem levado por caminhos aparentemente altivos, na verdade, apenas aparentemente, pois o seu quadro se apresenta problemático e insolúvel, no entanto, não há algo mais grandioso do que conhecer a Cristo e servi-lo, ser preenchido pela presença do seu Espírito Santo estando assim capacitado para as lutas cotidianas que se levantam por todos os lados, com grande força e cada vez mais como um monstro destruidor. Os nossos dias são reflexos do que Jesus pronunciou sobre os últimos dias quando exortava os seus discípulos a respeito dos últimos dias dizendo: Homens desmaiarão de terror, na expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo, pois os corpos celestes serão abaladas (Lc 21.26).
    Portanto, aqueles que estiverem firmes no Senhor saíram vencedores. Embora por fora tribulações por dentro a esperança da vitória. A esperança na certeza já é o suficiente para que o servo de Deus se conforte, se sinta fortalecido. Veja o que nos diz o apóstolo Paulo: Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também cremos que aos que dormem em Jesus, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Pois o mesmo Senhor descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com essas palavras. (ITs 4.13-18)


    Um abraço.

               

    No amor de Cristo,




    Everardo Alves






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